segunda-feira, 26 de setembro de 2011

domingo, 18 de setembro de 2011

A ignorância sobre o que realmente somos

"Talvez este seja o aspecto mais negro e perturbador da civilização moderna: a ignorância e a repressão daquilo que realmente somos" - O Livro Tibetano da Vida e da Morte, Sogyal Rinpoche

Porque temos de ser alguém para a sociedade, ocupar determinado papel na família, no trabalho, na vida económica do nosso país... Vivemos com várias máscaras, vamos sendo quem nos dá jeito ser. E, não sendo fiéis a nós próprios, o resultado só pode ser negativo. Quando finalmente nos propomos a conhecermo-nos, a mergulhar dentro de nós, começamos a despir camadas. E quando achamos que estamos perto da essência, daquilo que realmente somos, surge alguma coisa que nos faz recuar. E vestimos mais uma vez aquele casaco apertado que já não nos serve, mas ainda nos tapa e protege um pouco, ou assim achamos nós.

Mergulhar dentro de nós é difícil. É necessária muita coragem e eu aplaudo o processo daqueles que o fazem e que me rodeiam. Mas também aplaudo os que, com medo, fogem desse primeiro passo. Reconheço o medo que sentem, e, pacientemente, aguardo. Aguardo para que possa aplaudir ainda mais, quando começarem de uma forma mais efectiva no processo de auto-conhecimento.

Digo de forma mais "efectiva" porque começamos muito cedo neste processo de auto-conhecimento, o que acontece é que muitas vezes não é um processo consciente e movido por nós. A diferença reside quando nós, conscientemente, damos passos em direcção a nós próprios.

sábado, 17 de setembro de 2011

Ser Buda

"(...) ser um Buda não é passar a ser um super-homem espiritual e omnipotente, mas tornarmo-nos, finalmente, verdadeiros seres humanos." - O Livro Tibetano da Vida e da Morte, Sogyal Rinpoche

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A nossa própria natureza e a confusão da mente

"A nossa própria natureza pode ser comparada com o céu e a confusão da mente vulgar com as nuvens. Em certos dias, o céu está completamente obscurecido e, quando olhamos para cima, é-nos difícil acreditar que haja ali mais alguma coisa para além delas. Todavia, basta viajar de avião para as ultrapassarmos e descobrimos uma ilimitada extensão de céu azul, ou seja, as nuvens, que julgámos serem tudo o que existia, parecem-nos pequenas e muito abaixo de nós. Devemos sempre tentar recordar que as nuvens não são o céu (...)" - O Livro Tibetano da Vida e da Morte, Sogyal Rinpoche.

Mas as nuvens são importantes para podermos dar valor ao céu azul. O que é importante é ter consciência da existência destes dois lugares dentro de nós. E distinguir quem é quem, quando um fala.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A dor

"Dar um sentido à dor do outro significa, para o psicanalista, afinar-se com a dor, tentar vibrar com ela e, nesse estado de ressonância, esperar que o tempo e as palavras se gastem." - J-D. Nasio

Li esta frase e a minha alma sorriu. Não temos de forçar ninguém a interpretar a sua dor, e também não vale a pena consolar a quem dói. Dói. E nós doemos com quem dói. Ressoamos.