terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Tratamento humano


No simples tratamento humano do outro, não existem hierarquias.

Imagem: http://zimborios.blogspot.pt/2010/12/vela-uma-luz.html

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Filmes



Deixei de ver filmes de guerra. Não vi mais filmes de combates. Apaguei a luz aos fantasmas e virei costas a monstros e et's. Desacreditei a tv real e também a ficcional. Desliguei o botão às notícias, apaguei as gordas dos jornais. Pintei as revistas cor de rosa com bâton. No quis mais contendas, não vi mais debates. Nem arenas eu vi mais. Desliguei o rectângulo com luz. Escondi o comando, tirei-lhe as pilhas. Tapei o mundo que não é real e fiz o meu script. Imaginei os meus cenários. Gritei "acção", quis começar a viver. Criei novos sons. Graves, mudos, abafados, inaudiveis, visíveis e não perecíveis. Aumentei o volume do que era meu, coloquei-me no papel principal. Antecipei-me, ri, esbocei as caretas do mundo. Fiz o que quis, o filme era meu. Afastei o fado, o mal-agrado, dilacerado, e o resto que era atarantado. Fugi, voltei, corri, amei, sou a diva da vida minha.


Imagem: http://www.artifacting.com/2012/10/rain-room/

sábado, 26 de janeiro de 2013

Dores

Normalmente doem-me as costas. Ultimamente até o braço dói, ameaçando com uma tendinite ou outra coisa qualquer que ninguém quer e que acaba em "ite". Estas dores concentram-se no lado direito. Os mais específicos dirão que está relacionado com um dos pais, essas coisas (que posso até nem desmentir!). O que é certo é que esta semana este lado direito começou a falar baixinho. Depois elevou a voz até um ponto em que eu não o conseguia calar! Gritou comigo, o malandro. Eu, que me porto sempre tão bem, como ousa ele...!

No primeiro dia em que o lado direito gritou, eu, que não gosto nada de tomar comprimidos, tomei uma broca ou uma bomba, nomes pelos quais são conhecidos os comprimidos mais fortes, pelo menos aqui, na minha vida. Tomei-o à noite, a moca foi curtida a dormir, passou leve, levemente.Ora, o meu corpo deve ter pensado: "aí é? queres ir pela via fácil do comprimido, então 'pera aí que eu já te conto uma história!" (verídico, ãh? Ele fala comigo!). Então, possivelmente no intuito de não dormir em cima do lado direito das costas, dormi no lado esquerdo e o resultado foi uma dor de costas no lado esquerdo ainda maior que a do lado direito! Pronto, morre-se da cura, morre-se do remédio...

O que é certo é que acordei empanada, escarunchada, torta... Tanto que me custava a respirar. Pronto, mais uma broca, desta feita pela manhãzinha! Ao pequeno-almoço para não arreliar o sr. estômago que pode sempre querer ter uma palavra a dizer! Lá fui eu de dores na esquerda, a direita ainda moída, e uma bomba prestes a estalar no estômago.

O comprimido fez efeito, mas só na cabeça em forma de moca fenomenal que me fez cortar palavras (querem um exemplo? Em vez de telepatia disse telapia ou coisa que o valha, portanto a moca deu-me um munchies de comer letras). A dor nas costas permaneceu, o que mudou foi a forma dormente como a minha cabeça a sentia.

Ao longo do dia, talvez pelo movimento, a coisa foi melhorando. Fui me deitar francamente melhor mas ainda muito moída. E durante esta nova noite? Exacto, outra vez a mesma coisa! Acordei novamente vilipendiada, menosprezada, desrespeitada pelo meu corpo! Como ousou ele fazer isto novamente! Mais uma broca, uma bomba a estalar. Ao pequeno-almoço, claro. Relembro que este foi o terceiro dia seguido com brocas. Meus amigos, a bomba estalou! Fiquei nauseada, apática, sem energia, um só visto de efeitos secundários que pela forma de ataque mais pareciam primários!

E as dores não passaram! 3 brocas em 3 dias e as dores não passaram. Mais uma vez, ao longo do dia com movimento, foi melhorando, mas permanecia a dor quando respirava fundo. Permanecia o desconforto. E tudo isto coroado com uma dormência mental inacreditável. Pensei mal de mim: "mas porque é que ando a adiar a minha ida para o Yoga? Mas porque é que não vou fazer aquelas massagens que tenho para fazer de uns vouchers? Mas porque é que ...". E outra coisa me assombrou: o que quer o meu corpo dizer com isto? Qual é a mensagem que ele quer passar? E a cabeça voou nisto o dia todo.

E sabem como é que eu resolvi a situação? Disseram-me para experimentar mudar a almofada. Assim o fiz, troquei a minha lingrinhas por uma encorpada e hoje acordei óptima, sem dores, sem ter de tomar brocas falsas que nos deixam dormentes da cabeça.

Moral da história: Às vezes andamos às voltas à procura de uma solução. Procuramos a razão de uma coisa, matamos a cabeça para perceber como a resolver. E afinal de contas, só precisamos de mudar uma coisinha, um detalhe. Aqui é uma almofada. Para mim é mais do que uma almofada. Sabem porquê? Porque a cabeça descansa na almofada. E o que eu precisava era de "descansar" a cabeça. Sabem qual é a almofada na vossa vida?

Imagem: http://www.google.pt/imgres?start=162&hl=en&tbo=d&biw=1440&bih=732&tbm=isch&tbnid=kv-HoLO-azDM0M:&imgrefurl=http://weheartit.com/entry/20566052&docid=qjZi-I_3LBlqIM&imgurl=http://data.whicdn.com/images/20566052/lembrancinha-almofadas-m-ms-285E6B_large.jpg&w=500&h=375&ei=TKQDUazAD8qXhQeVtYCwCw&zoom=1&ved=1t:3588,r:80,s:100,i:244&iact=rc&dur=5&sig=109413219959779442632&page=8&tbnh=181&tbnw=233&ndsp=24&tx=106&ty=64

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

A libertação de Baltazar


Baltazar é um gato. Acho que é um gato feliz. Como qualquer dono que vai dizer bem do seu companheiro felino, vou dizer que Baltazar é um gato muito especial. Único! Baltazar é um gato preto que estava na horta dos meus pais. Magro, com os olhos a chorar e com ar constipado. Estava tão doente que, apesar de gato selvagem, deixou-se apanhar. Os 3 irmãos ficaram e desapareceram. Eram tão bravos que não os conseguimos apanhar. Duas meninas e mais um menino, cheios de saúde, ficaram lá (e o doente vence?).

Baltazar era pequeno apesar de aparentar ter 2 meses. Foi logo ao veterinário. Estava constipado, desidratado, esfomeado... Nem miava. Com muito mimo e comidinha fez-se um gato grande. Há quem diga gordo, o dono discorda sempre (nunca vê defeito no seu objecto amado). Arranjou casa, comida e manta lavada.

Baltazar é feliz, diz o dono. E faz o dono feliz. Dorme na cama, gosta de festinhas e adora colo. Quando era criança os gatos nunca dormiam com o dono. O sonho concretizou-se em Baltazar. Todas as noites vem ter ao quarto, e a meio de todas as noites é libertado. Contra-vontade. Por ele ficava.

Baltazar pela manhã é mais mimoso, tem saudades, acha o dono. Cinco horas sem o dono fazem Baltazar refilar. Quer atenção. Exige atenção. E faz por ter atenção cruzando os nossos pés e perseguindo o dono. Como ele gosta de ficar no parapeito da janela para ficar mais à minha altura. E como gosta ele de miar quando o dono entra na cozinha para pedir comida (mesmo que tenha o prato cheio!).

Baltazar é o dono da casa do dono. Põe e dispõe, porque merece! E sabe quando o dono abre a porta do prédio. Mia até que a porta se abra. ele até conhece o barulho do carro do dono (que sempre vê qualidades no objecto amado!).

Imagem: http://www.dementia.pt/arte-com-luz/

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Tipos de consciência


Há pouco tempo falaram-me em 3 tipos de consciência: a contraída, a expandida e a pura. Como nada é por acaso, encontrei isto:
There are four levels of consciousness. Most people never make it out of level one and are condemned to suffer in this self-imposed hell of an inner world. Here are the four levels of consciousness:

1. Unconscious Unconsciousness
At this stage you are not even aware that you are unconscious. You attract negative things into your life at a rapid pace, as if you have developed a negative ball of energy rolling down hill. Nothing is ever your fault and you are always looking for someone to blame.

2. Conscious Unconsciousness
Here you are aware of your negative thinking and the consequences that it might bring. You might see your negative pattern and have become aware of what it is that you are attracting. You may not like what you are attracting, but you have taken responsibility for it.

3. Conscious Consciousness
You deliberately decide to focus pure and positive thought on something and remove all resistance to its arrival. And, sure enough, it arrives. Your creation might be something as simple as visualizing a parking space opening up for you at the mall. You deliberately intended it, allowed it to come to you and acknowledged it when it arrives.

4. Unconscious Consciousness
When you get to this point, you do not have to work so hard to create things in your life. You are a believer in how the mind game is played and you spend conscious time each day making your mind important. New creations come to you easily and quickly. You have built a positive ball of energy that continues to roll forward in your favor. People call you the "lucky one".
 Fonte: http://www.facebook.com/KnowledgeOfToday?ref=stream 
Embora os conceitos sejam diferentes e as divisões também, as semelhanças são enormes. Vou tentar relembrar-me do que me foi dito, com a ressalva de que não será tão completo como me foi dito...
1. Consciência contraída: Esta é em tudo igual à "unconscious unconsciousness" (inconsciência inconsciente). Aqui não temos noção de como estamos inconscientes na nossa vida. Atraímos muitas coisas negativas e achamos que a responsabilidade de tudo o que acontece de errado na nossa vida é dos outros, do ambiente à nossa volta, mas nunca é nossa. A desresponsabilização sobre a nossa vida e destino é imensa e a culpa é sempre dos outros. Nesta fase aguardamos que alguém surja na nossa vida com uma varinha mágica que faça desaparecer os nossos problemas, ou seja, achamos que não somos donos e muito menos responsáveis pelo nosso futuro, assim como consideramos ser incapazes de mudar alguma coisa. Viver no aqui e agora parece impossível e permanecemos presos nos traumas do passado e nas expectativas sobre o futuro.
2. Consciência expandida: Aqui podemos incluir o que é descrito na parte referente a "Conscious Unconsciousness", e parte do terceiro ponto, "Conscious Consciousness". Nasce uma nova e maior percepção sobre nós próprios assim como cresce uma maior responsabilização sobre a nossa vida. Ficamos muito gratos com o que nos acontece de bom, e ficamos surpreendidos com as sincronias. A nossa intuição melhora, mas ainda nos surpreendemos com as nossas "novas" capacidades. A lei de atracção do Universo começa a fazer mais sentido e sentimo-nos mais atentos ao que se passa à nossa volta. Estar no aqui e agora não é difícil e é cada vez mais um ponto assente, mas permanece a viagem temporal na nossa mente.
3. Consciência pura: Na consciência pura existe o contacto directo com a essência. Somos agradecidos por tudo o que nos acontece, seja bom ou mau. Comparando com os exemplos em cima, a consciência pura enquadra-se no ponto quatro, "Unconscious Consciousness". A intuição e sincronicidade não nos surpreendem e a vida é encarada com gratidão, prevalecendo sempre um sorriso. Vivemos no aqui e no agora sem qualquer dificuldade. O passado ficou para trás, resolvido e vivido e o futuro não é uma preocupação. Vive-se sem medos e com uma serenidade activa.
Como eu costumo dizer, não somos "Buda", portanto, o normal é que estejamos a navegar entre consciências ou até que estejamos em diferentes consciências consoante as diversas áreas da nossa vida. Se nos sentimos bem a nível relacional, podemos estar numa consciência mais expandida, enquanto que, se estivermos num momento complicado com a família, o mesmo poderá estar numa consciência mais contraída.
Penso que de facto navegamos entre estas três consciências, é algo que me faz sentido. E que, com a evolução pessoal, seja possível passar mais tempo na consciência expandida e na consciência pura. Caberá a cada um perceber o que lhe soa melhor. No entanto, sejam divididas em 3 ou 4 tipos, as diferentes consciências fazem sentido quando consideramos a direcção da evolução pessoal e do auto-conhecimento.
Imagem: http://hypescience.com/o-que-e-luz/

sábado, 12 de janeiro de 2013

Know-how

Nós sabemos o que fazer mas não fazemos. Sabemos que temos de estar no aqui e no agora, mas estamos sempre longe, no amanhã ou no há-15-anos-atrás. O b-a-ba está nos livros, nas frases feitas, nas redes sociais. Está em todo o lado. Sabemos tudo, aquilo que devemos fazer, nós e os outros. Damos conselhos, quase pagamos para ser ouvidos de tão certos que estamos. Sabemos o melhor para cada um, e sabemos também para nós. Mas não fazemos e não conseguimos que outros também façam.


Ter o conhecimento não é ter a sabedoria. O conhecimento é o b-a-ba. É o que passa, de mim para ti, dos livros para os leitores, dos posts para os aprovadores em forma de “likes”. A sabedoria é individual. Não pode passar de uns para os outros, pois é construída na unicidade de cada um. É a conexão entre o conhecimento e o sentimento das coisas. É saber sentir, e sentir o saber.

E porque é que insistimos no conhecimento e ficamos admirados porque não funciona? Porque a neurose é uma âncora que temos agarrada aos pés. E se não conseguirmos aliviar o peso da âncora, afastamo-nos da linha de água onde a sabedoria pode ser alcançada.

Imagem: http://www.aerafeminina.com/2013/01/inspiracao-tatuagem-ancora.html

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Um não-tema, ou Pepa e a mala

Hoje quero falar de um não-tema. Uma coisa caricata que me colocou numa posição de observação. O tema relâmpago da mala Chanel. Espero que, dizendo relâmpago, o tema se desvaneça tão depressa quanto surgiu.

Reza a história que uma senhora, Pepa, desejou uma carteira Chanel para 2013,  numa espécie de anúncio para a Samsung. Rapidamente, o tom da senhora foi criticado. Desejaram-lhe coisas muito más. Depois surgiram os defensores, que dizem que quem trabalha tem direito de comprar e de usufruir do seu sucesso (batalha esquerda / direita?). A minha visão é simples: eu estou bem comigo, não me preocupo com esta situação. Não tomo nenhum partido, nem acho que tenha de tomar. Não desejo que a senhora aprenda o que é passar fome, como muitos disseram, nem considero que os que a criticam têm inveja. Acho sim, que as pessoas têm de se entreter com as coisas dos outros para não pensarem nelas. Perder tempo e energia com as coisas dos outros, distrai-nos da nossa dor, dos nossos problemas, e não é isso tão bom para quem não quer olhar para si mesmo?

Fugir de nós mesmos é o exercício mais bem praticado, só é pena não fazer perder peso (eramos todos magrinhos). Vamos falando dos outros, olhando para eles e descortinando a sua vida, opções e gerimos os seus movimentos. Somos sempre melhores e sabemos sempre mais. E nós? Gosto muito de relembrar nestes momentos, a imagem que vemos quando apontamos o dedo ao outro, reparem quantos dedos estão apontados de volta a nós.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Simplificando

simplificar
v. tr.
v. tr.
1. Tornar simples ou mais simples.
2. Tornar menos complicado.
3. Reduzir a termos menores.
v. pron.
v. pron.
4. Tornar-se simples ou menos complicado.
Simplificar é desdobrar, retalhar, desimportar e às vezes, desligar. É desligar sem virar as costas, ver sem complicar, respirar sem nariz entupido. Poder correr mesmo coxo, sem nunca ficar cansado e com as duas pernas às costas.
Simplificar a vida é viver, é poder correr, respirar, cantar sem o saber fazer e suspirar quando é preciso. É ver melhor e ver com tempo, é ter tempo para o eu, o tu e o nós.
Simplificar é reduzir, passar no passe-vite, passar das claras em castelo para a gema e não ver dificuldade nisso. É ter a vida em botões, ligar uns e desligar os outros. É limpar a mente, calar o que não interessa assobiando para o lado. É ser mais original, ser mais criança sendo adulto.
Simplificar é parar para ver as flores, cheirá-las e senti-las; aproveitá-las e seguir em frente. É sorrir, descomprimir, fazer coisas novas e fazer as coisas de sempre. Simplificar é estar cá hoje, no agora, no aqui. É olhar a vida de frente, de forma… Simples!

domingo, 6 de janeiro de 2013

Doentes?


Toda a gente está doente. Se perguntarem, alguém sabe de alguém que morreu há pouco tempo. Juntem um grupo de pessoas e cada um vai dizer um nome. Não exagero, tem me acontecido ultimamente. Eu estou bem, os que estão à minha volta estão doentes e os desconhecidos-conhecidos morrem.

Valha-me estar bem. Valha-me os doentes à minha volta não estarem muito doentes. Mas olhando em volta, há doença em todo o lado. Não quero parecer obsessiva, louca, possuída, mas a palavra "cancro" foi ouvida pelo meu querido sistema auditivo demasiadas vezes desde a altura do Natal. Não sei se é pelo Natal em si, mas é certo que se fizesse uma estatística, a escala rebentava.

E com isto estou a ler um livro chamado "Criando saúde" de Deepak Chopra. Já o comprei há algum tempo e antes do Natal acordei com uma fixação, "tenho de ler este livro, já". Não sei porquê, ainda estou para perceber, mas certo é que a partir daí começaram as conversas à minha volta sobre as doenças (ou já existiam e eu é que fiquei mais consciente...). Passei ainda uns dias sem pegar no livro, mas o chamamento foi tão grande que coloquei os livros que tinha como prioritários em hold.

Este já é um livro antigo, de 1987, e mesmo assim já fala abertamente sobre a ligação entre os pensamentos e emoções e as doenças. Sobre a nossa responsabilidade sobre as nossas doenças. Sei que é um tema que pode parecer controverso, e é sempre mais fácil ir pelo caminho da desresponsabilização sobre o que acontece ao nosso corpo, mas a verdade (e que está mais do que provada), é que há ligação. O corpo fala connosco através de uma conexão psicofisiológica e cabe-nos a nós ir afinando a audição ao longo da vida para ouvir os sinais que ele nos dá e depois fazer algo com eles. Mas fazer algo com eles não é só curar os sintomas, é perceber a origem da doença... E isso pode não ser fácil, mas pode ser curativo.

Imagem: http://luzdequeijas.blogs.sapo.pt/2298070.html

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Mind full, or Mindful?


Em Português não fica tão evidente, seria: mente cheia ou consciente? Ainda assim é possível perceber o trocadinho de palavras que tão convenientemente surgem em diferentes diálogos, o do homem e o do cachorro que o acompanha. Adoro!



quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Be yourself, ou como ser você mesmo


Nestes percursos que a vida faz (ou que nós fazemos pela vida), muito do que acontece é exterior. São coisas dos outros. E mesmo sendo de outros, por vezes são nossas, pela forma como nos afecta ou reflecte algo que de facto é nosso. É como se fossemos espelhos uns dos outros. E é sempre interessante ter uma reacção a algo externo e observarmo-nos. Perceber o que estamos a sentir e depois talvez deixar entrar a mente com as percepções e raciocínios (que dão jeito, muitas vezes!). Na dança do sentir e posterior pensar, podemos então agir. O que queremos fazer com isso? Queremos realmente aprender com aquilo que o outro trouxe?

A dança não é fácil. Às vezes trocamos os pés e baralhamos a coreografia. E às vezes a coreografia demora. É demorado sentir. Principalmente para aqueles que, como eu, têm de reaprender a fazê-lo. Mas, como diz o outro, enquanto há vida, há esperança, e haverá mais do que neste altura de ano novo? (claro que não, mas um clichet fica sempre bem...).

Ano novo, sentir novo. Bom, a reconexão com os sentimentos não começa no dia 1, vem de antes, de muito antes. Mas como tudo é circular, voltamos ao inicio, ao exterior, aos outros. Num momento de conexão interna, de lamber feridas antigas e de desobstruir a estrada entre o pensar, o sentir e o agir, o papel das pessoas à nossa volta é fundamental, seja alguém muito próximo ou um desconhecido avô que dá uma rosa a uma neta quando a recebe no aeroporto na véspera do Natal. O problema é que nesta desobstrução acontecem muitas coisas. Às vezes não temos instrumentos, nem para tirar a areia à entrada!  E sentimos que ficamos apenas ali a olhar para tanta pedra a tapar o caminho. Noutros momentos usamos umas pás com furos... Trabalhamos mas a areia escapa. E há aqueles momentos em que nos sentimos donos de uma escavadora e abrimos caminho. No entanto, a qualidade da escavadora também importa. Vai tirar as pedras bem? Ou vai provocar um desmoronamento que vai entupir ainda mais o caminho?

Não é fácil, pois não? E sabem, também não vale a pena ficarem arreliados com as pedras, afinal de contas, elas ajudaram-nos a sobreviver em determinada altura....




quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Bom dia 2013!

É tão estranho passar um ano. E passam cada vez mais depressa, nem os vemos! Num momento faz calor, no outro é Inverno. De repente celebramos mais um aniversário e depois mais uma passagem de ano. Tudo corre. Celebramos num dia, fazemos desejos e planos e no dia seguinte voltamos a fazer o mesmo de sempre. Ah, a rotina... Tão boa e tão má.

Queria eu mandar a rotina às urtigas neste novo ano. Queria eu não acordar cedo, não "ter" de, não "ir" para... Queria mandar no tempo, pôr e dispôr. Pará-lo, manietá-lo, empurrá-lo para o dominar. Adormecer quando quisesse, comer o que quisesse! Mas isso não seria Vida, a vida implica mais do que pôr e dispôr. É preciso predispor e disponibilizarmo-nos aos outros. Fazer, andar, correr, viver. Viver a rotina, mudá-la, transformá-la. Ir. Ter de ir.