“Não achas que às vezes as pessoas procuram a felicidade fora porque não a encontram dentro delas?” Disse ela como se tivesse feito a descoberta do século. Sim, respondi eu, por isso acham que precisam de alguém para serem felizes, ficando dependentes dessa pessoa, ou então acham que as coisas dão felicidade! “Estás a falar de duas coisas diferentes!” Sim, respondi eu pacientemente, mas no fundo vai dar ao mesmo tema: a pessoa vai procurar fora de si algo que a completa, quer seja para não ter de lidar consigo, quer seja para fugir de si! E procura em camisolas, jóias, carros ou em homens e mulheres. Aquilo que têm é uma profunda carência, uma tremenda falta de auto estima e uma grande necessidade de preencher isso, erradamente, com algo externo a elas próprias.
O resultado? Uma grande confusão mental e emocional. Sentes-te vazia. Vais às compras e embora não possas gastar dinheiro, compras uma camisola que te faz muito elegante! Quando chegas a casa, ou às vezes quando chegas ao carro, sentes que o vazio ainda lá está. E desta vez vem acompanhado pela carteira vazia. Há quem perceba que isto não resulta e deixa de tentar preencher o seu vazio com coisas materiais. No entanto, muitos não percebem atempadamente e colocam-se em situações financeiras muito complicadas….
A crise… Não é financeira, é de valores! É uma crise emocional, e é uma crise de escolhas…
“Bem, gostei muito dessa última frase, mas e em relação às pessoas?” Bom, acho que um grande sentimento de carência com uma grande falta de auto estima, leva-nos a procurar nos outros o conduto para o nosso interior. Conjecturamos: começa com, se o outro existir, eu serei feliz! Se for mãe, serei mais completa! Se a minha amiga me disser que eu sou lindo, talvez eu acredite! E também passamos tudo para um evento futuro, fugindo, como sempre, daquilo que sentimos, HOJE.
Outro problema surge porque passamos a precisar sempre de uma validação externa para algo que deveríamos de validar dentro de nós próprios… O meu conselho é: validem-se. A vocês.
“Olha, gostei. Gosto sempre de conversar contigo!” Eu também gosto de conversar comigo...
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