Hoje quero falar de um não-tema. Uma coisa caricata que me colocou numa posição de observação. O tema relâmpago da mala Chanel. Espero que, dizendo relâmpago, o tema se desvaneça tão depressa quanto surgiu.
Reza a história que uma senhora, Pepa, desejou uma carteira Chanel para 2013, numa espécie de anúncio para a Samsung. Rapidamente, o tom da senhora foi criticado. Desejaram-lhe coisas muito más. Depois surgiram os defensores, que dizem que quem trabalha tem direito de comprar e de usufruir do seu sucesso (batalha esquerda / direita?). A minha visão é simples: eu estou bem comigo, não me preocupo com esta situação. Não tomo nenhum partido, nem acho que tenha de tomar. Não desejo que a senhora aprenda o que é passar fome, como muitos disseram, nem considero que os que a criticam têm inveja. Acho sim, que as pessoas têm de se entreter com as coisas dos outros para não pensarem nelas. Perder tempo e energia com as coisas dos outros, distrai-nos da nossa dor, dos nossos problemas, e não é isso tão bom para quem não quer olhar para si mesmo?
Fugir de nós mesmos é o exercício mais bem praticado, só é pena não fazer perder peso (eramos todos magrinhos). Vamos falando dos outros, olhando para eles e descortinando a sua vida, opções e gerimos os seus movimentos. Somos sempre melhores e sabemos sempre mais. E nós? Gosto muito de relembrar nestes momentos, a imagem que vemos quando apontamos o dedo ao outro, reparem quantos dedos estão apontados de volta a nós.
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