"A morte é um vasto mistério, mas há duas coisas que podemos dizer a seu respeito: é absolutamente certo que morreremos e é incerto quando ou como isso acontecerá. Então, a única certeza que possuímos é essa incerteza a respeito da hora da nossa morte... e que aproveitamos como desculpa para adiarmos a decisão de a enfrentar directamente. Somos todos como crianças que tapam os olhos num jogo de escondidase pensam que ninguém as pode ver"
Sogyal Rinpoche, O Livro Tibetano da Vida e da Morte.
Em qualquer momento teremos de lidar com a morte, seja a nossa ou a dos nossos. Ela sempre existiu, sempre soubemos que ela vem. Mas fugimos desses pensamentos. Existem profissões que lidam diariamente com a morte, desde o médico ao senhor da funerária. E os terapeutas? E quando a morte entra pela porta, personificada no sofrimento de um paciente? É preciso aprender muito antes de abrir a porta da terapia aos outros. O trabalho que o terapeuta tem de fazer antes de atender é muito importante... Porque não sabemos o que lá vem.
Para irmos aprendendo a lidar com a morte, a vida vai-nos presenteando com pequenas mortes... lados de nós que vão morrendo e outros nascendo. A vida vai ensinando (ou estaremos aqui perante um caso de conjugação verbal estranha em que o correcto será dizer "a vida vamo-nos ensinando"?) a largar, a dizer adeus e também a renovação aliada à morte.
ResponderEliminarEm todo o lado, a morte dá lugar à vida... Qual a fruta que não tem de morrer para dar lugar a uma nova árvore?
Adorei essa última frase... Muito bonita :)
ResponderEliminarAnanicas