Sái de mansinho, sem ninguém dar por ele. Na realidade ele quer lá saber das horas. Para ele as horas não existem! A leveza do tempo é toda dele, não há amanhãs, os ontens então, mandou-os passear. Fosse eu um gato sem calendário. Sem saber as horas. Aliás, nunca vi um gato com relógio, nem de pulso, nem de parede. Soubesse eu o que não é um relógio, pudesse eu fitar os ponteiros com admiração para perguntar o que são.
Deita-se no jardim, lava-se pacientemente e com mestria. Só desvia a sua atenção porque ouve um pássaro. Mas lentamente volta para a sua tarefa. É uma tarefa sem dor. Sem obrigação e sem tempo limite. Ele impõe as regras e não as segue propositadamente.
Fosse eu um gato.
Imagem: http://indulgy.com/post/2gFQEDEf41/linen-wall-hanging#/do/from/70955957588
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