quinta-feira, 14 de junho de 2012

Up and Down

Que a vida é feita de pequenos nadas, já tinha ouvido dizer... O que percebi há algum tempo é que andamos aos altos e baixos. Apercebo-me hoje que a felicidade é fazer diminuir a amplitude entre os picos. Muito confuso? Ora bem... No sentido evolutivo da coisa, enquanto nos conhecemos melhor e nos tornamos mais em contacto connosco, com a essência ou com a alma (como lhe quiserem chamar...), tendemos a ter um equilíbrio na nossa serenidade. Não, não é ficar com aquele ar meio morto... É ter uma energia serena, de força e de paz. E aqui vêm as ondas. Somos humanos. Logo, vamos ter sempre momentos melhores e momentos piores (ou como eu costumo dizer, não sou Buda...).


Aquilo que interessa é que o tempo que passamos nos momentos piores seja encurtado. Logo, não descemos tanto nestas curvas em direcção à tristeza absoluta. Aceitamos a descida, sentimos o movimento do sentimento que vem do ventre, deixamos que se transforme nessa emoção agonizante que sai pela garganta, tratamos da sua origem (ou tentamos, é o que se pede, não é?) e esperamos. E pode ser que da próxima vez que a tristeza ou o medo nos batam à porta nós possamos ter mais instrumentos para coordenar a orquestra. Quem sabe se em vez do caos sai alguma ária? Já compus belas árias enquanto subia na curva... Só eu é que as oiço, mas gosto tanto delas. Foram compostas a pulso!

Depois, interessa viver os momentos altos no agora, com presença e verdadeiramente conectados connosco. Sem histeria, sem extravasar e sem ficar louco a perspectivar o pico seguinte. Aproveitamos sabiamente o prazer indistinto que advém da orquestra mais afinada, acedemos a nós num impulso de sabedoria! Mas sem nos perdermos no espaço...

E assim diminuem as amplitudes entre os picos... Não quer é dizer que seja fácil de fazer, isso é outra história, ou outra música... E é uma história de uma vida, uma banda sonora inteira.

Imagem: http://mistressmaddie.blogspot.pt/2011/11/mixed-bag-of-ups-and-downs.html

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