Antigamente, quando considerava que alguém fazia algo mau ou ofensivo, para além de ficar chateada, era capaz de pensar em vários impropérios para lhe dirigir. A caminho de me tornar melhor, mudei a minha visão, imagino que essa pessoa tem vários problemas. Um homem esbraceja no trânsito sem razão. Olho para ele. Será que o filho bebé o deixou dormir de noite? Será que o emprego está por um fio e se ele se atrasar pode ser despedido?
O julgamento dos outros é fácil, principalmente quando achamos que essa pessoa está a fazer algo que não deve ou que não é correcta aos nossos olhos. A atitude do outro espelha-se em nós e a nossa reacção instintiva poderá ser a mais negativa possível. Será a compaixão olhar para este ser, admitindo que ele terá a sua justificação para reagir assim, sem imaginarmos que as ofensas são dirigidas a nós?
Pensem bem... Acham mesmo que o mau palavreado, os gestos, serão para os outros condutores? Serão para o condutor que fez algo que não agradou a este homem? Aparentemente sim, mas na realidade não. Ele está zangado e impaciente com a sua vida. E nós? Nós não nos devemos deixar afectar pelos acessos de fúrias dos outros, principalmente de desconhecidos. É difícil, eu sei, mas é uma possibilidade e penso que será o melhor caminho a seguir.
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