Às vezes vamos na auto-estrada e parece que estamos parados. Até que nem vamos muito rápido mas como a estrada é boa, o percurso parece lento mas vamos seguros de nós até ao destino. Nas vias rápidas podemos ir mais rápido mas com atenção, pois podem aparecer rotundas ou cruzamentos. Parece sempre que vamos depressa demais, mas queremos ir na mesma. As estradas nacionais... Parece que nunca chegamos onde queremos. O coração bate mais rápido e todos os outros vão demasiado devagar e não dá para passar. A ansiedade é maior.
Agora imaginemos que querem chegar ao mesmo sítio que outra pessoa num relacionamento, mas as estradas usadas são diferentes. Um vai na auto-estrada: a paisagem repete-se, árvore atrás de árvore. Parece que vamos parados, mas vamos bem depressa, esperemos que não demasiado depressa pois queremos chegar inteiros ao destino (sem nos magoarmos). Sem darmos conta estamos quase a chegar e vamos ter de esperar...
A outra metade da laranja vai a sair da localidade: passa por semáforos de velocidade (o medo) que o obrigam a abrandar. Ainda apanha umas lombas (a dúvida) mas lá apanha a estrada nacional. Aqui ainda há trânsito (muitos sentimentos a aflorar e muita ansiedade), mas passado um tempo lá encontra as placas para a estrada nacional. Aqui o pavimento não está no seu melhor estado (quando a cabeça não tem juízo, o corpo é que paga...), mas a caravana segue o seu caminho até à via rápida. E aqui surgem novas encruzilhadas: deverei ir mais devagar porque afinal de contas isto não é uma auto-estrada? Poderei acelerar, tendo em conta que o pavimento já é melhor? E presos nestas questões chegamos a uma rotunda (pânico) e paramos. Devemos voltar atrás, ou seguir em frente?
E o tipo da auto-estrada? Se ama espera... Porque os caminhos da vida têm destas coisas. E às vezes para caminhar lado a lado, temos de esperar um bocadinho e abrandar o ritmo...
Cada dia adoro mais a vida, sinto-me no cinema com tudo a desfilar perante mim.
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