Acordo de manhã e começo o dia a bebericar o meu café. Se todos os dias fossem assim, como o conforto de um café com canela! A casa está fria, não quero ficar aqui. Saio para a rua, as lojas não me interessam, nas suas construções daquilo que acham que nós devíamos de ser! Lembram-me a doce infância em que achávamos que os outros eram donos das nossas opiniões…
Baixo a cabeça e olho para as minhas unhas, apercebendo-me de que tenho verniz, estão pintadas de vermelho. Estranho dissabor, este da falta de memória! Sem dar conta e ainda cabisbaixa, vejo que estou à porta de uma Igreja. O arroz e as pétalas desfareladas no chão chamaram a minha atenção. Algo me puxa para o seu interior, algo energético e subtil.
O seu ar branco e aberto convidam-me a sentar e a ficar. É diferente, é um espaço com luz, não é um espaço triste que nos faz sentir pequenos, é um espaço grande que nos amplifica o corpo. Esqueço o mundo lá fora e deixo-me ficar. Afinal de contas, o que é que eu ia fazer mesmo?
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