sábado, 25 de janeiro de 2014

E tentar fazer diferente?



Às vezes pensamos que estamos estagnados: o trabalho é uma rotina, a vida familiar sofre sempre dos mesmos males de sempre e a vida social morreu de tédio há uns anos atrás. O movimento é algo difícil e ficar na nossa redoma, na nossa rotina diária parece ser a única forma de sobreviver. Por vezes somos levados a pensar que mais vale manter igual para não abanar muito o barco, já que nunca afundou de vez. 

A questão é que por vezes parece que o barco se vai aguentando nestas águas paradas, mas na verdade, ao não ir a lado algum, vai ganhando peso e afundando muito lentamente. Amargurados naquilo que é expectável na nossa vida, não damos conta de como o barco estagnado no lodo nos vai arrastando para baixo, apesar de ainda acharmos que vemos o horizonte.

Porque não querer mais da vida? Porque não escolher fazer diferente, e tentar soltar algumas amarras? Não digo para colocar um motor potente no barco e arrancar a toda a velocidade. O nosso corpo estagnado podia nem aguentar. Porque não colocar um pequeno remo e fazer um pequeno movimento diferente? Podemos passar a sorrir aos nossos colegas e ver a diferença que isso faz. Telefonar a alguém que não espera o nosso contacto, ou ir dar uma volta a pé por uma rua ainda não visitada. Coisas pequenas constroem grandes transições. E porque não referir aquela frase-cliché: grandes viagens começam com pequenos passos?

E se não apetecer porque não forçar? Forçar um movimento pequeno não deve ser traumático ou doloroso. Experimente, sinta o que é possível para si neste momento. Se não é possível ir fazer uma corrida, consegue ir andar um pouco a pé? Quando criar novos amigos parece um cabo das tormentas, falar com os velhos é uma possibilidade? Fale consigo, veja o que é possível fazer por si, hoje!

Imagem: http://optimismoemconstrucao.blogspot.pt/2013/05/para-refletir.html

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