segunda-feira, 29 de julho de 2013

Segunda-feira

Está a começar uma semana que vai passar devagar e depressa. Têm sido todas assim. Mas eu não me vou focar nisso. Vou-me focar em passá-la bem e em estar presente em cada momento, respirando-o. Segunda-feira é tradição: é dia de desprezar as horas que não passam, maldizer o que se tem-de-fazer e segurar os freios da personalidade. É estar ciente de que se vão repetir 5 dias quase iguais. Vamos acordar 5 dias cedo e vamos estar fora da nossa casa durante as horas deste desconforto. Mais do que isso, vamos estar fora dos nossos horários. Fora daquilo que queremos ser, por imposição daquilo que é externo e daquilo que é exigido por nós.

Mas esta Segunda-feira foi diferente. Nesta Segunda-feira que começou sendo de nevoeiro e Sol, vi a divisão entre aquilo que me afecta porque eu deixo, e aquilo que me rodeia e que eu não permito que me invada. Então, afastei carinhosamente o nevoeiro e pensei: não me vou deixar afectar. Vou respirar, centrar e permitir o contacto comigo. E depois cheguei ao meu dever e vi isto:

"Live your daily live in a way that you never lose yourself. When you are carried away with your worries, fears, cravings, anger, and desire, you run from yourself and you lose yourself. The practice is always to go back to onelself" ~ Thich Nhat Hanh

Boa Segunda-feira, oh Universo!

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Introvertidos?


Como diria o Forrest Gump: "And that's all i have to say about that!"

Fonte desconhecida

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Honras

Sexta-feira: estou ainda chateada com algo que começou a acontecer na Segunda-feira. Pois é, parece que 5 dias passados não fizeram nada para melhorar a situação. Sem grandes explicações - porque não vale a pena bater no ceguinho - faltaram-me à palavra. Combinei uma coisa, neste caso uma compra, que me saiu gorada porque possivelmente não tinha tanto pedigree como o comboio que me atropelou e efectivou a compra depois da minha pré-reserva. Não me lixa o bem material (já me resolvi por outro lado), lixa-me a falta de palavra.

Bem sei que isto de dar a palavra, ou aquilo que é honrar um compromisso, é algo que está nas ruas da amargura por todo este mapa português, mas ainda assim, consigo ficar mesmo genuinamente chateada porque a palavra já não é o que era. É certo que sou nova e que isto da honra parece do século passado. Não sou do tempo dos duelos nem dos crimes legais por atentado à honra, mas acredito que a nossa palavra num compromisso deve valer a peso de ouro. A honra deveria de ser hiper-hipster-trendy.

Não estou a falar de combinações mesquinhas do ir beber café e não ir ou coisa que o valha. Estou a falar de coisas combinadas entre duas pessoas tendo como base a confiança entre essas mesmas pessoas. Se não conheço bem a pessoa, não sei o preço da sua palavra. Neste caso custou-me saber que alguém que estimava se vendeu com tanta facilidade, permitindo que eu fosse consumida pelo consumismo dos outros. E se eu confio na pessoa, eu acredito na palavra que se estabelece entre os dois. "Combinação". Se a palavra fica muda e caída entre um fim-de-semana, que poderei dizer da confiança pré-estabelecida? Esfumou-se.


Claro que, fazendo um exercício mais terapêutico, devo procurar em mim o motivo de ter ficado deveras arreliada com tudo isto. É fácil: senti-me transparente, muda, espezinhada e não fui tida em consideração. E mais: acredito que a situação se despoletou pelo facto de ser a pessoa que - nesta situação e aparentemente - está no nível mais baixo desta cadeia alimentar. Tudo isto me deixa frustrada e me aperta a garganta.

Mas sim, tudo é um desígnio do universo, energia, como lhe quiserem chamar. E sei que desde que esta situação se instalou que tenho aprendido ainda mais sobre mim e sobre as pessoas à minha volta. Resta agora fazer o rescaldo, que é como quem diz, dar amor a tudo isto.

Imagem: http://www.frasesmais.com/quando-a-honra-de-um-homem-e-inatacavel.aspx

quinta-feira, 11 de julho de 2013

A cat is a cat!


From 'The Ad-Dressing of Cats' by T. S. Eliot

THE AD-DRESSING OF CATS

You’ve read of several kinds of Cat,
And my opinion now is that
You should need no interpreter
To understand their character.
You now have learned enough to see
That Cats are much like you and me
And other people whom we find
Possessed of various types of mind.
For some are sane and some are mad
And some are good and some are bad
And some are better, some are worse –
But all may be described in verse.
You’ve seen them both at work and games,
And learnt about their proper names,
Their habits and their habitat:
But

How would you ad-dress a Cat?
So first, your memory I’ll jog,
And say: A CAT IS NOT A DOG.

Now Dogs pretend they like to fight;
They often bark, more seldom bite;
But yet a Dog is, on the whole,
What you would call a simple soul.
Of course I’m not including Pekes,
And such fantastic canine freaks.
The usual Dog about the Town
Is much inclined to play the clown,
And far from showing too much pride
Is frequently undignified.
He’s very easily taken in –
Just chuck him underneath the chin
Or slap his back or shake his paw,
And he will gambol and guffaw.
He’s such an easy-going lout,
He’ll answer any hail or shout.

Again I must remind you that
A Dog’s a Dog — A CAT’S A CAT.

With Cats, some say, one rule is true:
Don’t speak till you are spoken to.
Myself, I do not hold with that -
I say, you should ad-dress a Cat.
But always keep in mind that he
Resents familiarity.
I bow, and taking off my hat,
Ad-dress him in this form: O CAT!
But if he is the Cat next door,
Whom I have often met before
(He comes to see me in my flat)
I greet him with an OOPSA CAT!
I’ve heard them call him James Buz-James –
But we’ve not got so far as names.
Before a Cat will condescend
To treat you as a trusted friend,
Some little token of esteem
Is needed, like a dish of cream;
And you might now and then supply
Some caviare, or Strassburg Pie,
Some potted grouse, or salmon paste –
He’s sure to have his personal taste.
(I know a Cat, who makes a habit
Of eating nothing else but rabbit,
And when he’s finished, licks his paws
So’s not to waste the onion sauce.)
A Cat’s entitled to expect
These evidences of respect.
And so in time you reach your aim,
And finally call him by his NAME.

So this is this, and that is that:
And there’s how you AD-DRESS A CAT.
 
Retirado de: http://www.brainpickings.org/index.php/2013/03/14/best-cat-stories-1953-t-s-eliot/?utm_source=buffer&utm_campaign=Buffer&utm_content=buffer229c6&utm_medium=twitter

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Less is more and more is best


Gosto muito da frase "less is more" Já referi isso aqui, mas sem grande desenvolvimento. Resumindo e não baralhando, less is more quando estamos a ficar perdidos na nossa neurose. Menos é mais porque por vezes o silêncio e o não fazer nos traz mais frutos. E mais frutos é muito bom, nada less. Less is more porque não atiça a fogueira do incêndio interno que por vezes nos consome. Less é a água que vem abrandar as labaredas e resfriar a temperatura.

Less is more but not good, quando nos agarramos a isso para não fazer nada, não dar passos em frente e ficar na bolha (que é como quem diz, ficar no conforto de não fazer nada). Ou seja, como em tudo, é necessário encontrar um equilibrio e entender de forma consciente quando é que é necessário parar e quando é que é necessário agir (como agir são outros five hundreds). De qualquer forma, sinto que saber encontrar este equilibrio é a chave para outros equilibrios da vida. E por vezes está tão longe que parece coisa de Buda...

domingo, 7 de julho de 2013

Frase para um Domingo


Imagem: http://www.facebook.com/photo.php?fbid=398140366957716&set=a.162734817164940.27911.129370207168068&type=1&relevant_count=1&ref=nf

sábado, 6 de julho de 2013

Metronomices

Conhecem aquele objecto que serve para não perder o ritmo na música? Pois bem, a evolução pessoal é como o metrónomo. No início estamos lá em cima, tudo abana, os altos e baixos são muitos e exasperamos por uma estabilidade. Quando já nos entendemos melhor, os altos e baixos têm uma amplitude menor e o ponteiro abana menos. Encontramos o nosso ritmo na vida. Onde estamos nós neste metrónomo? E as diferentes áreas da nossa vida, certamente que estarão em sítios diferentes do pêndulo. Quais são as que mexem mais e quais são as mais estáveis? E será que existem mudanças? Será a nossa vida demasiado metronómica?

De facto, olhando para um metrónomo em funcionamento, é fácil fazer a correlação com os movimentos da vida. O que acredito é que, nesta longa caminhada, nada volta a ser como no topo, em que as amplitudes nos deixam devastados.

Também podemos olhar para o metrónomo e reflectir sobre o que queremos ampliar na nossa vida. O que é que tem sido insuficiente e precisa expandir? E que lado nosso necessita de mais paz e de menos abanões? Entender o nosso ritmo de vida é um passo para maiores entendimentos e uma ponte para novos caminhos. Resta saber qual o ritmo do passo.

Imagem: http://ipemsp.wordpress.com/2010/11/01/para-nao-perder-o-ritmo-micrometro/

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Psicologia instantânea - parte 2


No seguimento do post anterior, sobre psicologia instantânea, cabe-me acrescentar que é uma pena que não existam comprimidos mágicos. De facto, numa sociedade a 100 à hora, onde se quer tudo para ontem e com uma perfeição imaculada, nada como um comprimido para a insónia, outro para a diminuição da libido e outro para uma pequena depressão. Um comprimido all-in-one era a descoberta do século. Este all-in-one seria tão bom que mal caísse no estômago iria perguntar "o que precisas?". Se fosse para estar bem-disposto soltava umas florzinhas, se fosse para dar sono, uns carneirinhos. Se virem unicórnios, foi porque pediram para delirar.

Todos querem pressa. Querem fazer terapia: "então quanto tempo vai durar? Como não sabem! Uma vez por semana durante sabe-se-lá-quanto-tempo?? Inadmissível. Eu não tenho tanto tempo para olhar para mim e para as minhas fragilidades, tenham dó! Não há um exercício que eu possa fazer, ou melhor, um comprimido para tomar?"

Não. Não há nada disso. Lamentamos! Mas percebam que passaram 30, 40, 50 anos de uma determinada forma, a construir aquilo que são hoje, com tudo aquilo que viveram, com o acumular de tantas coisas que hoje vos caracterizam... Sim, é preciso tempo para ir descascando as camadas que foram vestindo desde que nasceram. É preciso olhar, pensar, ver, sentir, agir... Reestruturar, reconstruir... É como uma casa a precisar de muitas, muitas obras. Preferem um arranjo superficial de 2 dias ou ir até às fundações?

Claro que também há a parte da responsabilização. Pois, não existem super homens que chegam no ar para nos salvar e levar para o lúdico mundo da felicidade eterna. Não existe um livro que nos vai dar a frase certa, qual ponte que atravessamos para chegar a um outro lado completamente diferente. Um livro mudou a sua vida? Parabéns, você é uma raridade! Perguntar ao exterior como nos resolvemos é o mesmo que nos sentarmos para fazer um exame e perguntar ao professor quais são as respostas. Primeiro: ele não as vai dar. Segundo, se as der, são as dele...

Nota: Nesta perspectiva, o café fica em grão, ainda menos instantâneo que o anterior...

Imagem: http://www.colegioweb.com.br/saude/beneficios-do-cafe-para-a-saude.html

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Psicologia instantânea


Infelizmente e para muitas pessoas, o café não é psicologia suficiente. Nem algumas dicas mais indirectas, é certo, chegam para a pessoa em questão "acordar". Podemos até pensar, não é nosso dever, não está na nossa mão. E sim, na maior parte das vezes não está. Cada pessoa tem o seu processo e demora o seu tempo a destapar os olhos. E depois mais um tanto a tirar as palas. E mais um tanto a perceber que tem visão periférica. E outro tanto para perceber que tem um pescoço. E magia, consegue ter uma visão completa. O problema é se, depois disto tudo, a pessoa insiste em manter os olhos fechados.

No entanto, o meu problema não é só o de respeitar o tempo dos outros. My bad. Mas não sou Buda e estou em eterna aprendizagem. Tenho o problema de ter alguma sinceridade. E principalmente, de fazer as coisas com sinceridade. E quando pensamos que as pessoas à nossa volta o vão apreciar, vemos que preferem viver na ilusão, na mentira. As pessoas preferem o cinismo. Preferem que seja dito um "gosto muito de ti" disfarçado, do que um "não acho que temos muito a ver um com o outro". A maior parte das pessoas à nossa volta não está preparada para a realidade de sentimentos de cada um de nós. A sociedade e a educação ensinou-nos a deixar isso para nós e principalmente a direccionar aquilo que pensamos de cada um para aquelas conversas de beira de esquina em que, como numa purga, vomitamos indecências sobre várias indigestões da nossa vida. Mas, melhor que isso é, com conta-peso-e-medida, ser honesto. o problema é que ser honesto também dá a volta ao estômago e aí não temos outra solução que não seja a de tomar um Kompensan...

Portanto, isto vem contradizer aquilo que eu pensava sobre o crescimento: que acabavam os dramas. Não terminam, de modo algum, apenas mudam de forma porque muitos de nós não deixámos de ser adolescentes... E pior do que isto é poderem pensar: "aconteceu um evento que a fez escrever este texto". Não, têm vindo a acontecer muitos destes eventos, e com várias pessoas. É assim o universo, a vida, a energia, como lhe quiserem chamar. A minha maior conclusão é que Eu não posso deixar de ser Eu. Poderei sim, amenizar a minha forma de lidar com as pessoas, adaptar-me, flexibilizar-me. Isso é crescer.

Imagem: fonte desconhecida

terça-feira, 2 de julho de 2013

Love myself


Existem frases que parecem clichés, mas esta é bem verdade: para amarmos a pessoa ao nosso lado, temos de nos amar a nós mesmos.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Crescer é ficar confortável


Dou por mim a fazer coisas de forma diferente. Pode parecer estranho, mas este conceito surgiu quando hoje quis ir à casa-de-banho num centro comercial. Pensei: caramba, agora quando quero ir à casa-de-banho, vou logo. Antigamente se fosse preciso passava um concerto inteiro em pé, aflita para não perder tempo nem espaço.

Também na praia vejo as diferenças. Quando era pequena não existiam protectores e quando me tornei adolescente, apesar de já existirem, não era algo que alguém levava para a praia. Nem o chapéu. Ou um lanche reforçado. Ou o produto para o cabelo para usar depois daquele mergulho calmo no mar. Não. Naquela altura interessava ir, não interessava muito o desconforto da pele no final do dia. Também não importava muito ter fome durante mais uma ou outra hora, comia-se depois. Um gelado talvez! Areia? Ia toda para casa, qual quê agora ir passar por água doce. Aliás, nem existiam duches nas praias. Nem casas-de-banho.

Acredito que crescer nos torna mais sábios e isso implica procurar o conforto. Dormir mais, beber mais água ou tisanas especiais. Explorar os cremes, os protectores e os hidratantes. Procurar o calor quando temos frio e procurar o frio quando temos calor. Já não saimos de mini-saia no Inverno. Já não queremos morrer de calor enquanto assamos ao sol na praia. Não queremos ficar desconfortáveis. Crescer traz outra necessidade suprema: o conforto. Levamos a cadeirinha para a praia e sabe bem encontrar uma sombra e beber uma água fresca. E sabe bem ir com calma a uma casa-de-banho, sem risinhos de correrias porque senão...

Imagem: http://thefuturebuzz.com/2009/03/09/inspirational-images/