quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

2011: CTRL - ALT - DEL


Está a chegar o fim do ano! Altura para fazer um CTRL - ALT - DEL a nós próprios.

Vejamos... Bloquear computador? Não, essa opção para finalizar o ano não! Vamos mudar essa tecla para desbloquear computador! Sim, isso sim, desbloquear, fluir! É o ideal para encerrar capítulos e para nos sentirmos bem connosco: fluir. Não deixar nada bloquear, seja a comunicação, a energia, o movimento!

E a seguir? Terminar sessão. Sim, por vezes é doloroso, mas existem muitas coisas nas nossas vidas que precisam de ser correctamente terminadas e guardadas. Podem ser relações, atitudes, formas de ver as coisas... E é sempre mais fácil permanecer no doloroso conforto da segurança e não mandar embora aquilo que já está velho e que já devia de ter seguido o seu rumo para dar lugar ao novo.

Encerrar sessão? Nem pensar, mais uns aninhos para todos por favor! Com saúde, como se costuma dizer, que o resto...

Nesta altura também é preciso alterar a palavra passe. Quem tem acesso a nós? E quanto de nós deixamos para o outro ver? Às vezes é necessário perceber se as nossas muralhas defensivas estão demasiado elevadas. Não digo para atirarmos as pedras ao chão num acto de revelia! Nada disso! Pedra a pedra, ir baixando a guarda enquanto aprendemos a estar connosco e com os outros ao mesmo tempo e em paz.

É também uma altura de pensar no trabalho, temos de clicar no gestor de tarefas! O que é que andamos a fazer a mais? Ou a menos... Por vezes assumimos mais responsabilidades do que aquelas que podemos aguentar, e depois é como diz o outro, o corpo é que paga! E o corpo, meus caros, é muito inteligente, e dá sempre sinal. Têm ouvido as queixas dele? Ele fala connosco, a sério que fala! E quando fazemos menos do que aquilo que devemos também podemos sofrer com o síndrome de "eu não queria deixar para amanhã mas teve mesmo de ser". E isso pode trazer grandes complicações. Como em tudo, é preciso encontrar um equilíbrio. E esse equilíbrio não é igual todos os dias e também não é o mesmo para todas as pessoas. E ainda bem! É sinal que somos únicos, diferentes, e também, diferentes dentro de nós a cada dia que passa. E não gosta o homem de mudanças e de diferenças... Muito estranho.

Cancelar? Sim, podem sempre cancelar a reflexão do final do ano, afinal de contas é tudo muito simbólico, não é? Eu cá faço o meu CTRL - ALT - DEL no verão. É nessa altura que tomo decisões e dou passos firmes para conquistar os meus objectivos! Afinal de contas, está calor, os dias são grandes, o que poderá correr mal? Agora Dezembro... Mas somos todos diferentes e cada um saberá de si e qual a melhor altura para fazer um reset... Por isso, seja quando for, Bom Ano Novo dentro de vocês!


Imagem: thechicecologist.com

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Morra a palavra, morra, pim!

Há palavras que são uma grande chumbada! Como por exemplo trabalho, impaciência ou qualquer outra fora do baralho! Ele há palavras que não lembra o diabo, como retalho, primário ou o primo, aquele, o número! Mas palavras chatas como empecilho, maltrapilho e outras que rimem com milho, são palavras desgastadas, mal amadas, e sabem que mais? Deviam de ser penduradas, reformadas e maltratadas! Há também palavras indecentes, como o ser insolente, persistente e também estar mal do dente! Para mim, era fazer uma razia de A a aZedo! Pim!

sábado, 24 de dezembro de 2011

Natal é para os amigos




A amizade é um dom e uma desgraça. Peço que te sentes, poderei ser longa. É que este tema da amizade para mim sempre foi bipolar!


Comecemos pelo saber ser amigo. Isso é o quê? Bom, terá certamente de passar pelos clichets: estar por perto, aparar as quedas e ter direito a dizer "i told you so!" Mas clara e definitivamente que saber ser amigo é um dom, uma qualidade que muitos têm e não sabem, pois nestas coisas da amizade também existem diferentes tampinhas para diferentes panelas.


E saber receber a amizade? Bom, isso também tem muito que se lhe diga! Ser bom amigo para o outro será também saber receber a amizade do outro, aceitando-o tal como ele é. Muito confuso? Talvez, mas isto dos relacionamentos nunca foi muito simples! E olhem que saber receber o amor do outro através da sua amizade não é fácil! E a maior parte de nós não o sabe fazer porque esta coisas dos amores não é entre amigos! Que desengano... E aqui entra a desgraça. Que desgraça estes amores mal aproveitados! Que desgraça não ter amigos íntimos, daqueles bem grandes, maiores do que uma montanha e que nos aparam sempre a queda - ou deixam cair quando temos mesmo de sentir o chão na cara. Que desgraça é só ir ao café falar de nada, trocar prendas desnecessárias quando a maior prenda permanece embrulhada no nosso peito! Desaperte-se o laço. Dêem coração aos vossos amigos neste Natal. Tirem a máscara da frieza por uns segundos que seja, permitam-se dizer um "gosto de ti" a um amigo. Porque há a família, que não escolhemos, há o par, que nos envolve e existem os amigos, que estarão lá sempre quando o resto faltar.

Imagem: http://rriderlausd.org/blog2/

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Corações ao alto


Corações. Eram giros na infância, tudo era amoroso e intenso! Passando pela adolescência obrigámos os corações a definharem. Foram vilipêndiados pela necessidade de passar uma imagem forte! Corações eram fragilidade! Eram coisas de menina! E os homens? Esses nem pensar no coração, quanto mais mostrá-lo ao mundo!

E na vida adulta?

A rigidez que tapa o coração pode durar uma vida... Uma vida sem corações, já imaginaram? Uma vida com relações superficiais, com amores "ao de leve", com emoções fugazes e tudo coroado por uma paixão, uma ligação, às "coisas".

Perto do Natal o apelo ao coração sobe de tom. Mas ainda assim é um apelo mudo para muitos. O apelo ao consumismo fala directamente, alto e em bom tom. Esse apelo já eles ouvem...

Para este Natal o meu desejo é que todos aprumem a audição, para que se oiçam melhor, para que oiçam melhor a vossa voz interior. Pois de dentro para fora, podemos fazer maravilhas pelo colectivo.




Imagem: http://waterlillybijuteria.blogspot.com/2009/11/colar-bolas-em-vermelho.html

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O armário de mulher

Entrei no armário do meu quarto de mulher. Os vestidos vermelho baton irradiavam a sensualidade de uma mulher crescida. Sentei-me no chão frio e fechei a porta. Os tecidos lambiam-me a cara como se fossem gotas de água a cair do céu. Fechei os olhos para ver menos, apurando o cheiro a roupa guardada. Onde está hoje esta mulher?

Às apalpadelas encontro um sapato de salto alto. Não o vejo, mas imagino-o preto. Sinto o seu cheiro a novo e calço-o. Como é longo o seu salto e como erotiza o corpo. Será que já foi usado? Será que já saiu à rua, bramindo sensualidade? Quem é ela?

Passo a mão pelos vestidos. São suaves e frescos. Já não vejo as suas cores, mas imagino os seus decotes. As costas abertas, pele desnudada e uma curva acentuada nas formas maduras de mulher. Quem sou eu, enquanto mulher?

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Receita anti-stress

Ingredientes:
- 1 saco de boxe;
- 1 par de luvas de boxe;
- 1 pitada de respiração, q.b.;
- O peso do corpo em postura (bem medido);
- 1 colher de chá de resignação.

Começamos por pendurar o saco de boxe no tecto, bem direitinho e deixamos repousar durante 10 minutos. Enquanto isso, coloque as luvas de boxe nas mãos respectivas e posicione o corpo, bem pesado, em postura de ataque e em frente ao saco de boxe. Pegue na pitada de respiração e faça longas e profundas inspirações, bem até ao fundo do forno; retire, expirando longamente. Quando o saco de boxe já estiver bem marinado, bata-lhe energeticamente até que as suas mãos fiquem mais amassadas do que claras em castelo. Por fim, decore a gosto, espalhando uma colher de chá de resignação pelo prato. Está pronto a servir, bom proveito!



segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Peças de nós


Eu cá gosto muito de fazer puzzles. Peça a peça, passar o desenho da tampa de cartão para o chão. Sim, gosto de fazer puzzles no chão. O mundo desaparece pois o que importa é passar o desenho através dos nossos dedos, encaixando peças para que algo faça sentido.

Por vezes é assim o inicio da descoberta interior. Queremos saber quem somos e quando pensamos nisso vemos peças que não parecem encaixar-se entre elas. O problema é que neste puzzle de nós próprios não existe cábula. Comecemos pelos cantos, pela forma. Damos forma ao que somos, de fora, para dentro, no caminho da introspecção. Depois dos cantos vamos aos limites, colocando aquelas peças de fora. Qual é o nosso limite? Como afectamos os outros e aquilo que está à nossa volta? E por fim, como nos afectamos a nós, nos nossos limites e na nossa forma?

Depois, é mergulhar em nós. Mas são tantas peças, temos tantas dimensões! Quem somos? Comecemos pelas peças mais fáceis, aquelas mais marcadas, as partes de nós que conhecemos melhor. Aos poucos e poucos, peça a peça conseguimos ver melhor o desenho, ou como dizem os americanos, the big picture. Mas fazer este puzzle, é a obra de uma vida, e ainda assim, é possível que o puzzle nunca fique completo... Peça a peça...


Imagem: http://alamoheightsunitedmethodistchurch.blogspot.com/2011/06/puzzle-pieces.html

domingo, 18 de dezembro de 2011

Amores mais que perfeitos

Sentir a paz no corpo é como cheirar um amor perfeito. Mesmo que não cheire a nada, visualmente ela está lá, em cada pétala, em cada cor. Ou então na leveza do seu toque. O corpo é isto, é todo um mar de possibilidades que nos permite navegar entre sentidos. O corpo não é um pedaço fragmentado como na medicina em que levamos partes de nós a diferentes especialistas... O corpo é um todo e em contacto com ele podemos acalmar a mente e numa reflexão profunda, fazer dele nosso, presente, aqui e agora, um amor mais que perfeito.



quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Desvaneios e esquecimentos

Acordo de manhã e começo o dia a bebericar o meu café. Se todos os dias fossem assim, como o conforto de um café com canela! A casa está fria, não quero ficar aqui. Saio para a rua, as lojas não me interessam, nas suas construções daquilo que acham que nós devíamos de ser! Lembram-me a doce infância em que achávamos que os outros eram donos das nossas opiniões…

Baixo a cabeça e olho para as minhas unhas, apercebendo-me de que tenho verniz, estão pintadas de vermelho. Estranho dissabor, este da falta de memória! Sem dar conta e ainda cabisbaixa, vejo que estou à porta de uma Igreja. O arroz e as pétalas desfareladas no chão chamaram a minha atenção. Algo me puxa para o seu interior, algo energético e subtil.

O seu ar branco e aberto convidam-me a sentar e a ficar. É diferente, é um espaço com luz, não é um espaço triste que nos faz sentir pequenos, é um espaço grande que nos amplifica o corpo. Esqueço o mundo lá fora e deixo-me ficar. Afinal de contas, o que é que eu ia fazer mesmo?

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Comboio para o futuro

Sabes a que horas é o comboio para o futuro?

Passado com quem mais gosto, o tempo nunca é um problema, meu amigo! Mas lamento informar-te que esse comboio parte sempre no dia seguinte, ou seja, amanhã! Por isso, meu amigo, de nada te serve esperar por amanhã! Pois quando o amanhã for hoje, o comboio partirá amanhã! De nada serve ficares zangado, meu caro amigo! Nem vale de muito esperares na estação, de braços cruzados! Acredito que tenhas muita companhia na estação, mas para quem espera eternamente, até a companhia dos outros cansa!

Mas nada temas meu amigo! O futuro, é já amanhã!

sábado, 10 de dezembro de 2011

Amanhã? Amanhã!


Escrevi a palavra amanhã e meti-a num bolso. Afinal de contas, isto de já se ser crescido tem destas vantagens! Não há imposições, fretes ou barretes! Não há chumbadas, empecilhos ou pessoas chateadas! Eu faço o meu hoje e assim, sei o que quero deixar para amanhã... Ou depois de amanhã... Ou depois de depois de depois...

Já não há fobias, nem teimas, nem medos, a agenda rola ao meu sabor! Não vou ao desbarato e não desbarato o meu tempo! Faço o que quero, rasgo, apago e rescrevo o calendário! Só queria também poder re-escrever as estações do ano...


google images

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Elogio fúnebre a uma gata




Quando chegaste eras tão mais pequena que os teus irmãos que foste coroada de Misérias. O nome era uma brincadeira, mas a tua saúde sempre foi um caso sério. Depois de vários sustos, de inúmeras idas ao veterinário e banhos de mimo, foste recuperando, embora mantendo o teu ar frágil. Longas foram as noites em que moravas dentro de casa e duras foram sempre as manhãs em que eu abria a tua porta a medo, para ver se ainda estavas lá.


Talvez aproveitando a fragilidade, foste apelidada de manhosa ou gata esperta. Esse miado frágil, meigo e acompanhado de uns olhinhos doces semicerrados faziam-te alcançar quase tudo o que querias. Até mesmo o teu amigo Shorty te dava lugar na casota, o cão mais gato, que eu acredito seriamente que estava casado contigo.


O teu corpo franzido nunca permitiu ser casa de gatinhos, por isso não deixas descendências, coisa rara numa gata não de rua, mas na rua. Ainda assim, com o teu peso pluma foste muito namoradeira, não penses que não sei! E fizeste bem, afinal de contas continuavas a ser uma gata.


Quando vim embora ainda pensei em trazer-te comigo, mas como é que se pede a uma gata habituada à terra batida, ao sol nos bigodes, para se fechar num apartamento? Como é que poderias querer deixar os teus amigos, gatos e cão, deixar a relva verde onde caminhavas patinha ante patinha? E como deixar aquela palmeira para onde subias em direcção ao céu, numa manobra espectacular que fazia crer que eras uma gata normal e forte? Não podia fazer isso, por isso deixei-te ficar.


Penso que terás sido feliz. Espero que sim. Nunca deixamos de pensar que podíamos ter feito mais. Foi o que foi. Obrigada. Principalmente pelas noites em que dormias aos meus pés e me aquecias a alma.


Até sempre Misé.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Carta a Djé Djé, ou uma separação ficcional

Queria dizer-te que os olhos tristes são verdes e são azuis, são da cor do oceano que nos separa. A distância é longa e as cartas que trocamos não cortam nas milhas náuticas. Pudesse eu nadar até ti e acredita que já estava com os pés na areia, pronta para mergulhar.

Dizes-me que o tempo passa rápido, mas o tempo não cura a saudade, apenas assombra a distância e me fere o olhar, de não te ver. As mãos ardem por não te tocarem, o coração suspira porque sabe que ainda não é hora de te ter por perto. O corpo... E o corpo...

Resta-me ser paciente, ou então virar o tabuleiro, gritar "rebenta a bolha!" e voar para perto de ti. Mas sei que tenho de ser paciente, pois um dia o jogo ficará a meu favor.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

(In)fância


A doce inocência da infância, como me recordo dela! Criar e viver em mundos imaginários... Olhar para as nuvens e ver mais do manchas... Era como ver o mundo com uns óculos especiais. Quando crescemos perdemos esses óculos, as lentes especiais que nos permitiam ver o mundo com tamanha inocência e veracidade.

Mas sabem um segredo? Enquanto adultos ainda nos é permitido colocar esses óculos... O problema é, sabem o caminho para os encontrar, dentro de vocês?



Imagem: http://sonobea.wordpress.com/2011/05/01/14-watch-a-film-a-week-1143/

Just smile!


And open your heart to the day that begins! Even if it snows, warm up inside yourself and be the one you want for your day!




Imagem: http://milaenessie.blogspot.com/2011_05_01_archive.html

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Nas nuvens



Quero que as nuvens fujam de mim! Se não fugirem, tanto melhor! Afasto-as com uma mão! Sim, porque eu sou grande, chego até ao céu! Basta para isso me recordar de que sou capaz. Levanto-me, estico um braço e chego onde quero chegar. As nuvens são as minhas sombras e com elas permanentemente em mim, não vejo como brilho. Mas uma vez que já vi o meu Sol, recordo-me dele. É esta memória que me permite levantar, içar o braço e trazer a Luz ao meu dia, apagando a neurose nocturna. Não existem nuvens que me possam distrair e este Sol jamais me poderá encandear.

Imagem: http://semprequiis.blogspot.com/2011/01/nuvens.html

terça-feira, 15 de novembro de 2011

It's just love!


When my butterflies spin.
When the sweetness of the rainy days is just what we need.
Love is just love, when it's love...

Imagem:
http://www.prx.org/group/waywithwords?page=3

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Karma

"How people treat you is their karma; how you react is yours."~ Wayne Dyer

Hell yes!!!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Frases da minha década



Minhas:


- Olhamos para o alto e afinal temos de olhar para dentro

- Quero ser independente, serei um espírito livre. Os trilhos são meus e os sapatos também.

- Keep reinventing yourself, and be proud to keep on going. It's not just your Life, it's the Journey of your Life.



Dos outros:

- "Sou maior do que o meu problema" - Mar
- "Less is more" - Mar
- "Arrumem a casa, facam a vossa revolucao pessoal" - Carlos Nobre
- "Even when the strings are cut, the Music carries on in the plumbings of our hearts" - Patrick Watson
- "Sendo a velocidade da luz superior à velocidade do som, é perfeitamente normal que algumas pessoas pareçam brilhantes até abrirem a boca." - Desconhecido
- "Não se empurra o rio" - Mar
- "La chance c’est comme le Tour de France : on l’attend longtemps et ça passe vite!" - Amélie
- "Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se." - Gabriel Garcia Marquez


Comissão de Melhoramentos


Hoje é dia de reflexão. Para mim, hoje termina uma década. E isto faz-me pensar. Os aniversários são sempre simbólicos, mas quando são redondos, será motivo para reflectir? Olhar profundamente para trás e fazer um balanço?


Organizo uma Comissão de Melhoramentos só para mim. O que preciso para continuar a aprender sobre quem eu sou? Como chegar a mim mesma com mais facilidade? E o que é que vai acontecer na nova década? Não me preocupo. Invisto na Comissão de Melhoramentos. E de certeza que tudo vai correr bem.

Imagem retirada de http://thesecond10k.tumblr.com/

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Questionmarks - Questões que marcam

Quando é que não é cobarde aceitar a desistência?

Quando é que desistir não é sinónimo de fugir?

E como é que se contabiliza o que vale mais a pena?

Às vezes as respostas para os pontos de interrogação são as reticências.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Questionar

"Learn from yesterday, live for today, hope for tomorrow. The important thing is to not stop questioning." - Albert Einstein

Acrescento... Não devemos parar também de sentir. Questionar é bom, mas não nos podemos esquecer de sonhar. E às vezes, não questionar mesmo.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

My Self

Don't try to add more years to your life. Better add more life to your years.
~ Blaise Pascal

A vida tornou-se rápida. Rápida demais para poder ser apreciada e percepcionada. Aos 20 nem pensamos em quem somos mas em quem vamos ser. Aos 30 lutamos para manter o sonho daquilo que queremos ser. Aos 40 achamos que ainda não somos quem queremos e aos 50 ou 60, com sorte, percebemos que não sabemos sequer quem somos.

Tentar perceber quem somos é mergulhar dentro de nós. Isso pode ser assustador. Mas é necessário. E quanto mais cedo começarmos, melhor. Neste percurso, aprendemos muito também sobre os outros e sobre a forma como nos expressamos e quem somos para o outro.

Existem tantos Eus... Aquilo que o meu Eu é para o outro, aquilo que Eu realmente sou... E quando falo para os outros, se repararem, existe um Eu para cada pessoa que nos rodeia. Somos um Eu na família, um Eu diferente no trabalho... Já repararam na manta de retalhos? No esforço interno para exteriorizar aquilo que achamos que é melhor? Para nos defendermos? E já repararam na distância entre estes Eus e o nosso Eu verdadeiro? E já repararam que é isto que nos fractura? Porque aquilo que somos para os outros não é real, é uma fachada, uma máscara... E isso fractura-nos... E faz-nos sentir perdidos.

A resposta? Não tenho, ainda! Mas reconectarmo-nos com a nossa essência, com o nosso eu verdadeiro, esse será o objectivo. E quem sabe, a verdadeira resolução.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Obstáculos

"Obstacles are those frightful things you see when you take your mind off your goals." -Autor desconhecido

E focar demasiado nos objectivos sem ver o que se passa à volta, não poderá isso ser um obstáculo?

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O riso

"Laughter is the closest distance between two people." - Victor Borge

O riso aproxima-nos? Ou afasta-nos?

Existem vários risos. Alguns risos de facto fazem-nos aproximar uns dos outros. Outros risos não. Afastam-nos. Principalmente quando somos o alvo, o alvo do riso.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Carvão e diamantes

"Perhaps time's definition of coal is the diamond." Kahlil Gibran


A espera ajuda à perfeição?

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Definições

"Look to see what you are doing today. Is this how you choose to define yourself?" - Neale Donald Walsch

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Simples

"Good judgement comes from experience. Experience comes from bad judgement." - Jim Horning

Vias e possibilidades

Um homem percorria todos os dias uma estrada. Esse mesmo homem pensava que gostava de ter alternativas, gostava de ter outros caminhos, outras possibilidades. Um dia foi construída uma nova estrada e o homem passou a usar menos a primeira estrada. Mais estradas foram construídas e o homem foi experimentando novos caminhos. Um dia, o homem tinha à sua disposição dezenas de caminhos, estradas, possibilidades! E ficou com medo. Qual seria o melhor caminho? Por onde poderia passar? Como escolher? O homem deixou de caminhar, pois o medo de fazer uma má opção toldava-lhe os movimentos. O medo de arriscar e falhar não lhe permitiu mais sair de onde estava e assim foi ganhando raízes. Quando quis dar um passo, percebeu que já não o conseguia fazer, estava preso na velhice do tempo.

Nós somos este homem quando temos medo de decidir, de escolher. Somos este homem quando vivemos parados, num cruzamento que nos mata aos poucos. Este homem existe em nós quando deixamos o tempo apagar a nossa vontade de mudar. Lentamente criamos raízes, tal como este homem, e achamos que já não podemos fazer nada por nós. Eu não quero ser este homem. Importa não só escolher como também, avançar.

sábado, 8 de outubro de 2011

Meditar?

"(...) a meditação consiste em fazer com que a mente volte para casa." - Sogyal Rinpoche, O Livro Tibetano da Vida e da Morte.

Meditar. Bom, sei muito pouco sobre meditação. Não medito por vontade própria por achar que não consigo, mas em alguns workshops ou eventos em que é pedido, eu tento meditar. Já ouvi dizer maravilhas da meditação. Mas eu, demasiado mentalóide, não consigo meditar com facilidade.

Antigamente vinha a frustração. Sentava-me muito direitinha, fechava os olhos, e pensava: cá vou eu! E nada. Vinham os pensamentos banais: "amanhã tenho de fazer uma máquina de roupa!" E irritava-me, claro! "Isto não é meditar, eu não consigo!" E ali andava eu, numa espécie de pescadinha de rabo na boca, às voltas. E a meditação, que serve para relaxar, entre outras coisas, provocava-me a maior irritação e frustração alguma vez vistas!

Entretanto fiz um progresso enorme. Continuo sem ter os grandes insights de que muitos falam ou a ficar muito "zen", mas já não me zango (na maior parte das vezes). Já não fico frustrada. E se aparece a lista do supermercado na cabeça, eu guardo numa gavetinha com muito cuidado que é para lá ir buscar quando precisar. Afinal de contas, se já me zango com os outros, para quê zangar-me comigo, principalmente num momento que se quer de paz?

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Sexta do meu contentamento


E com este tempo de verão ainda melhor!
Venha esse fim de semana que promete o descanso merecido...
Venha a luz já quebrada, inclinada e mal amada pelos amantes das botas!
Outono veraneante, queres ir à praia comigo?
Ou preferes saltar pelos campos, pular de loucura, como se fossemos crianças, queres?

Imagem retirada de http://thesecond10k.tumblr.com

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Light


...de leve. Para boiar. Longe do fundo. Do que é desconhecido e do que dói.



Imagem retirada de http://thesecond10k.tumblr.com

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Já que ontem foi dia dos animais...

"If a man aspires towards a righteous life, his first act of abstinence is from injury to animals." - Albert Einstein

Para mim, dia dos animais é sempre, porque todas as vezes que chego a casa e abro a porta, tenho quem me receba e me faça ver a sua importância.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

sábado, 1 de outubro de 2011

Outono do meu descontentamento


Chegámos a Outubro. Ainda está calor e ainda parece Verão, mas as folhas já começaram a cair e o Sol já nos dá menos horas de atenção. Apesar das temperaturas que têm estado, as árvores já começaram o seu Outono. Às vezes parece que têm um calendário dentro delas. Natureza knows it better? Claramente que sim.

O Outono. Gosto do Outono. Mas chega antes do Inverno. Gosto do cheiro a terra molhada na primeira chuva. Gosto de começar a sentir frio e procurar o conforto numa manta e num gato. Mas depois fica mais frio. E depois o frio demora muito tempo a ir embora. E pior, o Sol... O Sol brilha menos tempo e com menos intensidade. Mas assim são os ciclos da vida. Aceitemos. Já que tudo muda e tudo é cíclico, sejamos pacientes.

Foto retirada de: http://euvivonomundodalu.blogspot.com/2011/05/magia-do-outono.html

Manhattan Day

Sweet, Sweet, Sweet, I wan't you to eat.

Keep trying to hide, there's nothing so blind...

You're life is to big, it's all over you, so come out and eat, why won't you?

Your sad grey eyes, remind me of rain in my Manhattan tray...

Make my sun shine today, so eat, right away...

I try not to cry, but your tears blend in mine.

So, please, tell me, isn't life worth a try?


http://photometrie.blogspot.com/2010/09/sweet-sweet-sweet.html

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

domingo, 18 de setembro de 2011

A ignorância sobre o que realmente somos

"Talvez este seja o aspecto mais negro e perturbador da civilização moderna: a ignorância e a repressão daquilo que realmente somos" - O Livro Tibetano da Vida e da Morte, Sogyal Rinpoche

Porque temos de ser alguém para a sociedade, ocupar determinado papel na família, no trabalho, na vida económica do nosso país... Vivemos com várias máscaras, vamos sendo quem nos dá jeito ser. E, não sendo fiéis a nós próprios, o resultado só pode ser negativo. Quando finalmente nos propomos a conhecermo-nos, a mergulhar dentro de nós, começamos a despir camadas. E quando achamos que estamos perto da essência, daquilo que realmente somos, surge alguma coisa que nos faz recuar. E vestimos mais uma vez aquele casaco apertado que já não nos serve, mas ainda nos tapa e protege um pouco, ou assim achamos nós.

Mergulhar dentro de nós é difícil. É necessária muita coragem e eu aplaudo o processo daqueles que o fazem e que me rodeiam. Mas também aplaudo os que, com medo, fogem desse primeiro passo. Reconheço o medo que sentem, e, pacientemente, aguardo. Aguardo para que possa aplaudir ainda mais, quando começarem de uma forma mais efectiva no processo de auto-conhecimento.

Digo de forma mais "efectiva" porque começamos muito cedo neste processo de auto-conhecimento, o que acontece é que muitas vezes não é um processo consciente e movido por nós. A diferença reside quando nós, conscientemente, damos passos em direcção a nós próprios.

sábado, 17 de setembro de 2011

Ser Buda

"(...) ser um Buda não é passar a ser um super-homem espiritual e omnipotente, mas tornarmo-nos, finalmente, verdadeiros seres humanos." - O Livro Tibetano da Vida e da Morte, Sogyal Rinpoche

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A nossa própria natureza e a confusão da mente

"A nossa própria natureza pode ser comparada com o céu e a confusão da mente vulgar com as nuvens. Em certos dias, o céu está completamente obscurecido e, quando olhamos para cima, é-nos difícil acreditar que haja ali mais alguma coisa para além delas. Todavia, basta viajar de avião para as ultrapassarmos e descobrimos uma ilimitada extensão de céu azul, ou seja, as nuvens, que julgámos serem tudo o que existia, parecem-nos pequenas e muito abaixo de nós. Devemos sempre tentar recordar que as nuvens não são o céu (...)" - O Livro Tibetano da Vida e da Morte, Sogyal Rinpoche.

Mas as nuvens são importantes para podermos dar valor ao céu azul. O que é importante é ter consciência da existência destes dois lugares dentro de nós. E distinguir quem é quem, quando um fala.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A dor

"Dar um sentido à dor do outro significa, para o psicanalista, afinar-se com a dor, tentar vibrar com ela e, nesse estado de ressonância, esperar que o tempo e as palavras se gastem." - J-D. Nasio

Li esta frase e a minha alma sorriu. Não temos de forçar ninguém a interpretar a sua dor, e também não vale a pena consolar a quem dói. Dói. E nós doemos com quem dói. Ressoamos.

sábado, 27 de agosto de 2011

Queixas?

"A year from now you may wish you had started today."- Karen Lamb

Foi este pensamento que há um ano atrás me levou a tomar uma atitude. Queixamo-nos. Perdemos tempo na queixa. Em vez da queixa, podemos desviar a nossa energia para algo construtivo, algo que nos preencha e nos faça feliz. Fiz isso. E foi a melhor opção que tomei. Por mim.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Pergunta do dia

Enquanto nos afastamos da religião enquanto colectivo, qual será o novo ópio do povo?

Serão as novas tecnologias? O consumismo desenfreado?

...

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Ponte ou meta?

"A grandeza do Homem está em ele ser uma ponte e não uma meta." - Nietzsche em Assim falava Zaratustra

Aceitação



Parar de lutar não significa desistir.



Imagem retirada de http://thesecond10k.tumblr.com

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Conhecimento verdadeiro

"Você precisa de saber. O conhecimento só será verdadeiro quando for seu. Caso contrário, não lhe dará asas; pelo contrário, permanecerá ao seu pescoço como uma pedra, e tornar-se-à escravo dele. não alcançará a libertação, não será libertado por ele." - Osho

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Movimentos

"Eu aprendi a andar, desde então deixei de esperar que me empurrassem para mudar de sitio" - Nietzsche em Assim falava Zaratustra

Acrescento, seja a mudança que quer ver no mundo (acho que é de Gandhi).

Não devemos esperar para que certos movimentos da vida aconteçam por si só, por magia. Devemos aprender a procurá-los, aprender a lidar com a frustração de não os encontrar, e aprender a continuar a procura.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A vida nunca é um problema

"Basta observar a vida: a vida nunca é um problema. Temos uma enorme capacidade de nos adaptarmos ao facto, mas não temos a mínima capacidade de nos adaptarmos ao futuro. Quando tenta proteger-se e salvaguardar-se no futuro é que surge o conflito, o caos." - Osho

Oh, a velha história do agora!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Meio termo, please!

"As pessoas mudam de casa. Se se identificarem demasiado com uma casa, essa mudança será dolorosa. A pessoa sente que está a morrer porque a casa antiga é quem ela era, era a sua identidade. Mas se isto não acontece, porque as pessoas sabem que estão apenas a mudar de casa, continuam a ser a mesma pessoa" - Osho

E depois há quem vá para o extremo oposto e ande sem ligação ao chão... Meio termo, please!

Voices

"You, and you alone, decide what something means to you. Yet this is a decision that most people make based upon past feelings, experiences, understandings, or future fears. None of this has anything to do with what is going on right here, right now." - Neale Donald Walsch

O meu entendimento. É aquele que eu faço de acordo com a minha verdade. Quando não vem da essência, é um entendimento neurótico, desconectado. Por isso é importante distinguir as diferentes vozes interiores. Ah, sim, existem várias. As vozes do medo, as vozes do passado, as vozes da sociedade, as vozes dos pais... Mas também existe a voz interior, aquela que não ouvimos mas que depois damos razão, sabem?

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Árvore da vida

Acabei de ver "A Árvore da Vida". Nunca fiquei tão indecisa com um filme. A mensagem subliminar sobre a fé e sobre o efeito dos pais na nossa vida é simplesmente brutal. O resto, não sei. Recordo uma frase do filme"Pai, Mãe. Vocês lutam dentro de mim e sempre lutarão". Quão forte pode ser esta frase, que resume aquilo que nos tornámos, à mercê da educação que tivemos?

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Powerful



Imagem retirada de: http://successheadq.blogspot.com/2011/04/imagine-how-powerful-that-is.html

Mudar o cabo e a lâmina

"Ouvi contar uma vez: Um homem estava a ver uma loja de antiguidades perto de Mount Vernon e encontrou um machado com um aspecto muito antigo. «É um machado muito antigo que aí tem», disse ao dono da loja. «Sim», respondeu o homem. «Em tempos pertenceu a George Washington.»
«A sério?», perguntou o cliente- «Está muito bem conservado.»
«Claro», respondeu o vendedor de antiguidades, «já teve o cabo substituído três vezes e a lâmina duas.»

Mas a vida é mesmo assim, muda constantemente de cabo e de lâmina; de facto, parece que está constantemente a mudar e, no entanto, permanece eternamente na mesma."

Retirado do livro "Medo" - Osho

Tenho vindo a ler este livro do Osho e não me identifico com muitas coisas ditas por ele. Mas esta história e a ligação que ele faz está muito interessante. De facto, às vezes dou por mim a pensar que a vida não muda, a sensação é a de permanecermos no mesmo sítio e na mesma posição à demasiado tempo. Mas se olharmos atentamente, a cadeira onde estamos sentados vai mudando e a forma como lidamos com ela também.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Ainda os livros

"In the case of good books, the point is not to see how many of them you can get through, but how many can get through to you." - Mortimer J. Adler

Calma na cabeça...

"Until you have the inner discipline that brings calmness of mind, external facilities and conditions will never bring the joy and happiness you seek. On the other hand, if you possess this inner quality, calmness of mind, a degree of stability within, even if you lack the various external factors that you would normally require to be happy, it will still be possible to live a happy and joyful life." - Dalai Lama

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Reading for your pleasure



"Reading, after a certain age, diverts the mind too much from its creative pursuits. Any man who reads too much and uses his own brain too little falls into lazy habits of thinking." - Albert Einstein



Férias

Apesar de trabalhar há alguns anos, creio que o meu corpo e a minha mente ainda não se habituaram aos curtos dias de férias que posso ter no verão. Durante a idade escolar, tínhamos férias até fartar. Eu até me lembro de ir comprar os livros para o novo ano e de ficar horas a folheá-los já com imensas saudades das aulas, de ouvir coisas novas, estar com os amigos... Aconteceu-me sempre.



Lembro-me de ter saudades de ter frio, de estar farta da praia e de querer voltar a sentir o conforto da flanela e da lareira. Quando chovia no verão ficava contente com o cheiro a terra molhada e lembrava-me que o inverno voltava sempre, acompanhado das coisas simples.

Tudo muda, até aquilo que gostamos. E o mais engraçado? É que o homem detesta mudanças!

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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Fight!

For your life! Fight to be yourself, in your individuality! For your rights and for your obligations to yourself.


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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

domingo, 31 de julho de 2011

Reflectir

"(...) a reflexão conduzir-nos-à lentamente à sabedoria. Podemos acabar por perceber que estamos a cair uma e outra vez em padrões fixos e repetitivos, e começar a pretender libertar-nos deles. Claro que é possível voltarmos ao mesmo, mas, lentamente, conseguiremos emergir desses padrões e modificar-nos."

Sogyal Rinpoche, O Livro Tibetano da Vida e da Morte

Haja vontade para continuar a tentar. Haja vontade para que, em cada momento em que sentimos a derrota de voltar ao mesmo, possamos ter força para prosseguir sem baixar os braços.

Antes pensava que era tudo complicado. Tudo era imperceptível, incluindo a minha voz interior. Reflectindo, e com muita paciência comigo, alguma névoa começou a desvanecer, e agora tudo me parece mais simples. Longe vai a meta, a diferença é que já não me canso tanto no caminho!

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Castelos no ar

"Lá estás tu a sonhar acordado! Deixa isso para o inconsciente!" Ri-me. No fundo e teoricamente ela tinha razão. Mas eu estava apaixonado e isso deixava-me assim, a sonhar acordado. Será que estar apaixonado é então estar inconsciente no consciente? Ri-me a pensar nisto e a imaginar o Freud a ficar danado.

Gostava destes momentos, ela tinha sempre algo a dizer que parecia simples e que afinal era dotado de uma grande profundidade. Eu admirava isso nela, e é isso que me faz falta. É engraçado pensarmos que a vida estagna. Fazemos o mesmo durante muito tempo e achamos que a vida se mantém igual. Quando damos conta e comparamos com há um ano atrás vemos o quanto caminhamos. É um bom exercício. Como eram há um ano atrás? O que mudou? Em mim mudou tudo. Há uma nova perspectiva e o auto-conhecimento atingiu outros níveis. Níveis esses que eu espero que mudem todos os anos, até ao último. Sonhando acordado.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Hábitos



"Podemos idealizar a liberdade... Mas, no que toca aos hábitos, estamos totalmente escravizados".


Sogyal Rinpoche, O Livro Tibetano da Vida e da Morte.



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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Oh, l'amour!



O amor começa por ser a base no início de um relacionamento que se quer equilibrado. No continuar do caminho, o amor tem de ser regado, transformado, incentivado e construído.

Regado porque deve ser nutrido, para que cresça em harmonia, cada vez mais forte. Deve ser transformado porque a relação é diferente em cada momento, e o seu amor deve ser fléxivel para acompanhar a mudança. Incentivado por ambos, para que continue a crescer saudavelmente e de forma equilibrada. Construído, porque nem tudo é merecido e um grande amor dá trabalho. É necessário aprender a fazer cedências, não ligar a pormenores e cultivar o entendimento através de boas linhas de comunicação.

O amor deve ser forte, fléxivel, saudável, equilibrado e trabalhado. Aprende-se a custo e dura uma vida inteira. Aliás, até podemos levar a vida toda sem aprender muito bem a lição!

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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Problema e solução



Cada vez mais acredito nesta frase. Se um dia disse que nós somos o problema, acrescento hoje que nós somos igualmente a solução. Está tudo dentro de nós.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Vazio



O vazio é criado pelo medo. Porque dentro de nós a alma pesa sempre o mesmo. A angustia é nos esvazia. E o medo. E a solidão, que não é mais do que o medo de estar só.

E pedir?

A máscara do orgulho não permite pedir ajuda. Mas, e quando a máscara cái e, envoltos na fragilidade de não haver defesa possível, pedimos ajuda e ela nos é negada? Se em resposta a isto fecharmos novamente, creio que esse fecho será muito mais voraz que o anterior. As paredes que se erguem serão mais altas do que as anteriores. Caso estejamos bem connosco, vamos saber reagir a essa ausência de resposta e iremos pacificamente procurar a resposta em nós. Sem dor e sem represálias para com o outro.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Dias de tempestade

Às vezes pensamos ser verão, e de repente surgem uns trovões. O barulho assusta-nos e a claridade cega a vista. Enquanto o barulho nos tolda os sentidos, a claridade que surge mostra a tempestade em todo o horizonte. Por breves segundos conseguimos ver a dimensão das coisas. E não queremos ver. Porque dói ver a tempestade em toda a sua dimensão. Melhor é acender a luz dentro de nós e pacificamente afastar o escuro e os clarões que nos assustam. Existe esperança, porque o Sol aparece sempre no dia seguinte. E nós somos aquilo que precisamos.

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segunda-feira, 18 de julho de 2011

Corpo, matéria e espírito

"We have different degrees of happiness and different kinds of suffering. Material objects give rise to physical happiness, while spiritual development gives rise to mental happiness. Since we experience both physical and mental happiness, we need both material and spiritual development. This is why, for our own good and that of society we need to balance material progress with inner development." - Dalai Lama

O equilíbrio entre a vida material e espiritual. Acrescento: tomar atenção ao corpo. Oiço muitas modas: ser vegetariano só porque o outro é; fazer exercício em excesso porque dizem que é isso que faz bem... Eu acredito que o que me faz bem é fazer aquilo que o meu corpo me pede. Se ele gosta e pede carne, eu dou; se ele pede e gosta de alface, eu dou; se ele pede para descansar, eu faço por isso. Tudo com equilíbrio, porque o próprio corpo, apesar de na maior parte das vezes ser mais sábio que a mente, também se engana e pode pedir mal. Ou nós podemos compreender mal, também acontece muito. É preciso apurar o ouvido interno e saber o que é que ele quer.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Saúdes

“O homem ocidental gasta a sua saúde para ganhar dinheiro, para depois gastar esse dinheiro para recuperar a saúde perdida.” - Dalai Lama

Vi esta frase e li-a alto. Alguém criticou, dizendo que temos uma esperança média de vida superior aos tibetanos. Eu penso que preferia viver menos e melhor, do que mais e pior. De que me interessaria viver até aos 80 anos numa profunda tristeza e sem tempo?

Acordar



E ver o azul.

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quarta-feira, 13 de julho de 2011

Simplicidade

"Na vida moderna, a chave para um equilíbrio feliz é a simplicidade"

Sogyal Rinpoche, O Livro Tibetano da Vida e da Morte.

E, apelando à simplicidade, não acrescento nem uma vírgula a esta frase.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Fugas

Como dá vontade de fugir, às vezes ou quase sempre! Navegar, precisa-se.




Ilha Maurícia, google images

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Ser & Ter

"Talvez a razão mais profunda para termos tanto medo da morte resida no facto de não sabermos quem somos. Acreditamos numa identidade pessoal, única e separada, mas, se tivermos coragem para a examinar, descobriremos que essa identidade depende inteiramente de uma infindável colecção de coisas que a suportam: o nosso nome, a nossa «biografia», a nossa família, a casa, o trabalho, os amigos, os cartões de crédito... É nesse apoio frágil e transitório que confiamos, para nossa segurança. Então, quando nos levam tudo isto, faremos alguma ideia de quem na verdade somos?"

Sogyal Rinpoche, O Livro Tibetano da Vida e da Morte

O grande desafio é sermos o que realmente somos, na nossa essência, ao invés de sermos aquilo que temos.

Evolução?

Antigamente éramos escravos dos donos da terra. Hoje, apesar de no mundo ocidental experimentarmos uma liberdade de expressão sem precedentes - apesar de ainda coxa - somos escravos do relógio.

Há uma hora para tudo. E começa desde que nascemos: alimentação de 3 em 3 horas. A partir daí cria-se toda uma agenda: a hora para o banho, a hora para comer, a hora do infantário, a hora de deitar, a hora de acordar... Na infância aparece a hora do inglês ou das aulas de ballet. Na adolescência aumentam os horários das aulas. E então na idade adulta, quando finalmente temos autonomia, ao invés de inverter a importância dos ponteiros do relógio, continuamos subjugados por ele, pois foi assim que crescemos e é assim que vive a nossa sociedade. Estamos presos nas rotinas do relógio e sempre que ele toca podemos fugir de nós porque temos algo para fazer.

E aqui reside o problema dos homens: somos bichos de hábitos. Sair da rotina, do normal, fazer algo diferente, aceitar mudanças - é do mais difícil que há, apesar de parecer fácil. Quando nos cruzamos connosco, ao longo da vida, vamos encontrando estes hábitos. A maior parte deles são tão naturais que acabam por nos definir, seja o roer as unhas ou ter a obsessão de contar escadas. O tempo tem muita culpa nos nossos hábitos, até porque ter relógio em 3 sítios é normal: neste momento tenho um relógio no pulso, no telemóvel e no computador. Como podemos dizer que não somos escravos do relógio? Como dizia o outro: estamos prisioneiros do tempo e o relógio é o nosso polícia.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Eureka...

Noticia de ultima hora: nós não temos problemas, nós somos o problema! Porque somos nós que temos dificuldades em lidar com os ataques que vêm de fora e com a luta que permanece dentro de nós. Em todos os momentos, bons e maus, há um elemento em comum na nossa vida: nós. E é a nossa atitude que faz a gestão daquilo que vem. Podemos lidar melhor ou pior com as reacções dos outros, ou com as nossas próprias reacções.

Agora, aprender a lidar melhor com tudo o que vem, numa atitude de paz, amor, compaixão e tranqulidade... Isso aprenderemos todos os dias até ao cair das cortinas, até ao último aplauso, até à expiração final.

O que é a raiva?



Dizem que a raiva é uma grande irritação. Dizem também que pode ser mobilizadora, quando a energia que vem dela é bem aproveitada. Se eu berrar bem alto, poderão os cientistas aproveitar os décibeis para fazer electricidade?


Há uma raiva má. A que fica dentro de nós. Há quem a chame de raiva branca. A outra seria a raiva vermelha, a que faz avançar. Eu prefiro deitar cá para fora, gritar, berrar, puxar os cabelos. Depois abrem-se os portões de uma serenidade falsa, que não é mais do que estar esgotado, esvaziado. Então, será que existem mesmo coisas boas na raiva? E porque é que ela existe...? Se o medo vem da necessidade primitiva de sobrevivência, de onde vem a raiva?

Gatos sem dores nas cruzes



Cá para mim os gatos não têm dores de costas. Não têm dores nas cervicais, nas lombares, nas cruzes... Será que é porque dormem muito? Ou porque se espreguiçam bastantes vezes? Eu acho que é porque são gatos, e os gatos apenas são... gatos! Não se preocupam com o amanhã nem com o que dizem dele. Não querem saber se chove ou se faz sol... (embora acredite que prefiram o sol...).


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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Vida


Por detrás da máquina estamos fora da paisagem, não interagimos, apenas estamos. Estar atrás da máquina é não existir e viver é estar do lado de lá da lente, no palco.


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Morte

"A morte é um vasto mistério, mas há duas coisas que podemos dizer a seu respeito: é absolutamente certo que morreremos e é incerto quando ou como isso acontecerá. Então, a única certeza que possuímos é essa incerteza a respeito da hora da nossa morte... e que aproveitamos como desculpa para adiarmos a decisão de a enfrentar directamente. Somos todos como crianças que tapam os olhos num jogo de escondidase pensam que ninguém as pode ver"

Sogyal Rinpoche, O Livro Tibetano da Vida e da Morte.

Em qualquer momento teremos de lidar com a morte, seja a nossa ou a dos nossos. Ela sempre existiu, sempre soubemos que ela vem. Mas fugimos desses pensamentos. Existem profissões que lidam diariamente com a morte, desde o médico ao senhor da funerária. E os terapeutas? E quando a morte entra pela porta, personificada no sofrimento de um paciente? É preciso aprender muito antes de abrir a porta da terapia aos outros. O trabalho que o terapeuta tem de fazer antes de atender é muito importante... Porque não sabemos o que lá vem.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Altruísmo vs egoísmo

Será o altruísmo uma forma de egoísmo? Em última instância, e de uma forma inconsciente, estaremos nós a fazer bem ao outro para nos sentirmos bem connosco? Ser altruista é focar no bem do outro, ser egoista é focarmo-nos em nós e nos nossos interesses e vontades. Mas, e quando nos sentimos bem porque fazemos bem ao outro?

Após explorar o tema comigo, a minha dúvida mantém-se. Não me parece ser uma questão fácil, principalmente quando remetemos a resposta para o nosso inconsciente. A nossa máscara, aquilo que está presente e consciente dirá: "sou filantropo, preocupo-me com os outros e eles são mais importantes do que eu". Já o inconsciente pensa: "sinto-me bem porque fiz aquilo que se espera de um bom homem".

E a nossa essência, a nossa alma, pensará o quê? São questões sensíveis, dependentes da verdade de cada um. Cada um o sentirá à sua maneira, e todas as maneiras estão correctas... Principalmente poque o certo e o errado não existem...

terça-feira, 5 de julho de 2011

Summer time!


Tempo de refrescar. Receber o Sol. Passar o corpo na água.


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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Saber ouvir

Ela estava visivelmente irritada, perguntei-lhe o que se passava. Ela disse que não gostava de pessoas que copiavam humores. Fiquei baralhado e perguntei: que copiam humores? Mas o que é isso? Ela retorquiu, "copiam humores! Eu fico irritada e digo que tenho um problema, e a outra pessoa diz logo que tem 10 problemas!" Percebi, para além de copiarem também pioram o cenário, é isso? "Precisamente! Fico irritada, são pessoas egoístas." Concordei com um breve aceno com a cabeça. De facto já me tinha acontecido, aliás, já deve ter acontecido a todos nós, fazemos um pequeno desabafo e a outra pessoa ouve para ela, transformando a mensagem para a visão dela.

Se calhar também já fomos a pessoa do lado de lá, aquela que não ouve. Eu gosto daquela lógica: se temos dois ouvidos e uma boca, será que falamos e ouvimos de forma proporcional? Percebo que gostaria de ouvir mais do que falo, mas às vezes não me apetece ouvir. Às vezes nem apetece falar! Encontrar o equilíbrio é o objectivo...

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Music



"Even when the strings are cut, the Music carries on the plumbings of our hearts"


Thank you Patrick Watson, you're a genius.

NY


"NY i love you, but you're bringing me down..."



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terça-feira, 14 de junho de 2011

A aceitação

Há algum tempo falaram-me sobre a aceitação. Longe de onde me encontro hoje, naquela altura aquilo não fazia sentido nenhum. Aceitar como somos, aceitar o que recebemos, aceitar os outros, aceitar... O meu lado de agressiva-masculina-controladora não foi muito à bola com esta conversa: "claro, abro os bracinhos e venha o mundo todo que eu aceito, não? Qualquer dia tenho de dar a outra face, não queriam mais nada? Nem pensar."

As minhas defesas, ou a máscara que ainda por aqui anda (e que saudavelmente me irá acompanhar até ao fim), diziam-me que aceitar era baixar a guarda. Era permitir demasiado e ficar numa posição mais frágil.

Com o passar do tempo percebi que estava errada e abri as portas à aceitação. Comecei por aceitar-me como sou. Afinal de contas, terei de lidar comigo o tempo todo, com carinho, respeito e muita paciência. Assim sendo, à medida que me vou conhecendo melhor, vou me aceitando, respeitando quem sou, quem me tornei e quem quero ser, para mim e depois para os outros.

Passando para fora, comecei a aceitar os elementos externos a mim mas que me influenciam directamente, sejam os bens materiais como a casa, ou a profissão ou a vida económica que levo ou até mesmo aqueles factores externos que acontecem sem prevermos, como por exemplo uma avaria no carro ou num electrodoméstico.

Depois disto, propus-me a aceitar o outro. Tarefa difícil. Acho que é mais fácil começar por aceitar que não conseguimos mudar os outros e só depois, aceitá-los como são. Claro que a mudança em nós promove a mudança em todos os que nos rodeiam, mas isso é algo que não podemos esperar de mão beijada e também não podemos prever as mudanças que ocorrerão no outro. Assim sendo, os outros são como são. Cada indivíduo tem o seu processo no presente e para o futuro. Cada um tem a sua história e, logo, os seus motivos, as suas máscaras e defesas.

Um dia, proponho-me a aceitar o mundo, as suas injustiças e desequilíbrios. Mas aí já devo estar noutra dimensão...

Se eu faço tudo como aqui está descrito? Claro que não, sou humana! Mas estas são as minhas referências e as minhas tentativas. Não sou mestre de ninguém a não ser de mim própria.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

R-e-s-p-e-c-t





"Because of the great differences in our ways of thinking, it is inevitable that we have different religions and faiths. Each has its own beauty. And it is much better that we live together on the basis of mutual respect and mutual admiration." - Dalai Lama




E muitas vezes, quando não são respeitadas as verdades dos outros, nasce a guerra. Seja a guerra em casa, no bairro ou num país.




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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Paz




"Peace is not just the mere absence of violence or disturbance. It's when there is a possibility of conflict, but you deliberately avoid violence and adopt methods to solve the problem through peaceful means. That is real peace." - Dalai Lama

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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Falhar

"Eu não falhei, apenas descobri 1000 maneiras que não funcionam" - Thomas Edison

Será que o "falhar" não existe? Falhar é não acertar. Será assim tão mau não acertar? Quando é que é bom falhar? Não prevemos o futuro... então como podemos saber se é bom acertar? O acertar pode se revelar "falhar" no futuro...

Quem, eu?



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terça-feira, 7 de junho de 2011

Ganesha



Esta mítica figura do Hinduísmo é um destruidor de obstáculos, resolvendo problemas através de soluções lógicas. Filho de Shiva e Parvati, Ganesha tem uma história muito curiosa. Aliás, existem várias histórias sobre a criação deste Deus Hindu com cabeça de elefante, mas a que ganhou mais força foi a de que foi o seu próprio pai que, ao regressar a casa, não reconhecendo o seu filho, o decapitou. A decapitação, feita com o seu tridente, foi de tal forma violenta que a cabeça de Ganesha foi atirada para muito longe. Quando percebeu que era o seu filho, tentou recuperar a sua cabeça para o salvar mas não conseguiu. Pedindo ajuda, disse que o primeiro animal que surgisse daria a sua cabeça para que ele pudesse recuperar o seu filho. E o primeiro que apareceu foi um elefante.

Todos os detalhes da imagem de ganesha têm significado (fonte: wikipedia):


- A cabeça de elefante indica fidelidade, inteligência e poder discriminatório;
- O facto dele ter apenas uma única presa (a outra estando quebrada) indica a habilidade de Ganesha de superar todas as formas de dualismo;
- As orelhas abertas denotam sabedoria, habilidade de escutar pessoas que procuram ajuda e para reflectir verdades espirituais. Elas simbolizam a importância de escutar para poder assimilar ideias. Orelhas são usadas para ganhar conhecimento. As grandes orelhas indicam que quando Deus é conhecido, todo conhecimento também é;
- A tromba curvada indica as potencialidades intelectuais que se manifestam na faculdade de discriminação entre o real e o irreal;
- Na testa, o Trishula (arma de Shiva, similar a um Tridente) é desenhado, simbolizando o tempo (passado, presente e futuro) e a superioridade de Ganesha sobre ele;
- A barriga de Ganesha contém infinitos universos. Ela simboliza a benevolência da natureza e equanimidade, a habilidade de Ganesha de sugar os sofrimentos do Universo e proteger o mundo;
- A posição de suas pernas (uma descansando no chão e a outra em pé) indica a importância da vivência e participação no mundo material assim como no mundo espiritual, a habilidade de viver no mundo sem ser do mundo.
- Os quatro braços de Ganesha representam os quatro atributos do corpo subtil, que são: mente (Manas), intelecto (Buddhi), ego (Ahamkara), e consciência condicionada (Chitta). O Senhor Ganesha representa a pura consciência - o Atman - que permite que estes quatro atributos funcionem em nós;
- A mão segurando uma machadinha, é um símbolo da restrição de todos os desejos, que trazem dor e sofrimento. Com esta machadinha Ganesha pode repelir e destruir os obstáculos. A machadinha é também para levar o homem para o caminho da verdade e da rectidão;
- A segunda mão segura um chicote, símbolo da força que leva o devoto para a eterna beatitude de Deus. O chicote nos fala que os apegos mundanos e desejos devem ser deixados de lado;
- A terceira mão, que está em direcção ao devoto, está em uma pose de bênçãos, refúgio e protecção (abhaya);
- A quarta mão segura uma flor de lótus (padma), e ela simboliza o mais alto objectivo da evolução humana, a realização do seu verdadeiro eu.

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Vozes de dentro


"If you listen to your soul you will know what is "best" for you, because what is best for you is what is true for you. Know the truth and the truth shall set you free. " - Neale Donald Walsch



O problema é que existe tanto ruído, tanto dentro como fora de nós, que se torna difícil de escutar.

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sábado, 4 de junho de 2011

Resultados

Aquilo que sou hoje é resultado de uma tão grande transversalidade de coisas... Parece óbvio sermos tão diferentes uns dos outros. Existem tantas situações que nos trazem até aqui! O ter berrado, o ter sido calada, o poder falar, quando pude falar, quem queria ser, como sonhava com a minha futura profissão, como me via a mim quando me encontrava no espelho... E isto é só comigo. Acrescentem o mundo exterior: a interacção com os outros, os amigos, a descoberta, a repressão dos mais velhos, os ensinamentos dos pais, os tios, os primos, a professora da 2ª classe... Quem sou eu? Eu sou uma soma. Aquilo que eu sou hoje é uma soma de tudo o que já me aconteceu, daquilo que eu sou hoje e aquilo que perspectivo para o meu amanhã. Eu sou o meu ego, sou o meu corpo, sou a minha mente, sou a alma, a essência, o self, chamem como quiserem, tenho tudo. Está aqui tudo, sou tudo isso e aprendi que a diversidade é uma bênção.

É muito confuso? Não, é apenas a vida. E a vida... Bom... A vida é uma arte, é uma raridade que temos entre os dedos e que temos de segurar muito bem. Aproveitem, agarrem nas maracas, abanem a vossa vida.

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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Não egoísmos



Numa época de crise económica e crise de valores, lemos notícias que nos deixam admirados. Vários pensionistas querem substituir os jovens que trabalham em Fukushima. Os Japoneses têm, efectivamente, um conceito de colectivo completamente diferente do nosso, do Ocidente. No Ocidente, o sentimento do "cada um por si" tem cada vez mais adeptos. Ainda assim e vendo as pequenas mudança a acontecer à minha volta, tenho esperança que o sentimento egóico diminua de intensidade...!




quarta-feira, 1 de junho de 2011