terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Carta a Djé Djé, ou uma separação ficcional

Queria dizer-te que os olhos tristes são verdes e são azuis, são da cor do oceano que nos separa. A distância é longa e as cartas que trocamos não cortam nas milhas náuticas. Pudesse eu nadar até ti e acredita que já estava com os pés na areia, pronta para mergulhar.

Dizes-me que o tempo passa rápido, mas o tempo não cura a saudade, apenas assombra a distância e me fere o olhar, de não te ver. As mãos ardem por não te tocarem, o coração suspira porque sabe que ainda não é hora de te ter por perto. O corpo... E o corpo...

Resta-me ser paciente, ou então virar o tabuleiro, gritar "rebenta a bolha!" e voar para perto de ti. Mas sei que tenho de ser paciente, pois um dia o jogo ficará a meu favor.

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