sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Sublime!


Sublime, adj. Elevado acima de todos. Perfeitíssimo Soberbo. Majestoso. S. m. A perfeição do belo. O mais alto grau da perfeição.

Tenho reflectido sobre a sublimação, que é, de acordo com o meu dicionário com mais de vinte anos, a elevação ao estado sublime. Para mim, associo a sublimação a quem se considera mais elevado, a quem se considera superior ou mais evoluído ou até, mais perto da perfeição.

Na minha tão humilde opinião, somos humanos. E aos humanos cabe o objectivo de ir vivendo, o melhor ou o pior que sabemos. Não querendo deixar ninguém desapontado, a perfeição é coisa que não nos assiste, como diria o outro. Dizendo nas minhas palavras, a perfeição não é humana. É um ideal, um objectivo, algo que queremos alcançar e que é inalcansável pelo simples facto de sermos humanos. Muito confuso? Espero que não porque vou passar para a premissa seguinte...

Neste caminho em busca de algo sublime, divino, superior, como quiserem, partimos em pé de igualdade. Temos todos o mesmo, embora possam dar outros nomes, seja alma, essência, ego, mente, corpo... Ao longo do caminho, uns têm mais sorte, outros mais azar, ou karma, como quiserem, mais uma vez... Ainda assim, sejam processos de desenvolvimento de vida mais rápidos, mais demorados, estamos todos no mesmo patamar. Ambíguo? Não considero e não quero crer que existam seres mais evoluídos, porque somos todos humanos. Não, não acredito em mestres, gurus ou o que quer que seja. Acredito na sinceridade de alguns seres - humanos - que queiram partilhar as suas descobertas. Recebo-as, mas tal como se de roupa se tratasse, só guardo a que me serve. Algumas camisolas são muito apertadas, uma ou outra saia muito larga... Por isso, guardo aquilo que me poderá vir a aquecer numa noite mais invernosa.

Ao perceber tudo isto fiquei feliz. Posso viver com as minhas mazelas, aceito-as! Claro que vou tratar delas... Mas não me irei sublimar, porque eu serei sempre... eu! Igual a ti, na minha individualidade e na nossa diversidade.




1 comentário:

  1. E que tal ponderar a possibilidade de que um ser humano perfeito, sublime, é aquele que é livre de ser ele próprio? livre de medos, fobias, prisões emocionais, livre de qualquer condicionamento exterior. livre de Ser ele próprio, no seu sublime equílibrio entre a luz e a sombra, "virtudes" e "defeitos"? se calhar a noção que cada um de nós tem de perfeição é em si algo impossível de alcançar e extremamente pessoal e variável.
    não são só as pessoas que são sublimes, as emoções podem ser sublimadas. despidas de carga dramática e exagerada. com permissão para surgir, permanecer por uns minutos, e seguir o seu caminho para parte incerta. a emoção perfeita é assim, vem e vai, e dela não restará mais do que a memória de um dia a ter sentido.
    as energias podem ser sublimadas, quando as elevamos do mais básico humano ao seu potencial divino maior, cultivando um amor cada vez mais genuíno e não personalizado.
    tudo isto parte da premissa que cada um de nós é único, perfeito (perfeito = luz+sombra) e uma pequena centelha da grande consciência por de trás da criação e que o propósito é voltarmos a ser essa essência individual e única, em consciência, aqui neste pequeno planeta enquanto humanos. partindo daqui, aceitar mazelas sim, mas permanecer sem buscar algo mais é contentar-mo-nos com o medíocre, com o básico, com a experiência humana vazia de felicidade. Para mim, todos somos de essência sublimes, uns estão mais perto de o perceberem que outros, mas não são melhores por isso... apenas mais felizes.

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