segunda-feira, 1 de julho de 2013

Crescer é ficar confortável


Dou por mim a fazer coisas de forma diferente. Pode parecer estranho, mas este conceito surgiu quando hoje quis ir à casa-de-banho num centro comercial. Pensei: caramba, agora quando quero ir à casa-de-banho, vou logo. Antigamente se fosse preciso passava um concerto inteiro em pé, aflita para não perder tempo nem espaço.

Também na praia vejo as diferenças. Quando era pequena não existiam protectores e quando me tornei adolescente, apesar de já existirem, não era algo que alguém levava para a praia. Nem o chapéu. Ou um lanche reforçado. Ou o produto para o cabelo para usar depois daquele mergulho calmo no mar. Não. Naquela altura interessava ir, não interessava muito o desconforto da pele no final do dia. Também não importava muito ter fome durante mais uma ou outra hora, comia-se depois. Um gelado talvez! Areia? Ia toda para casa, qual quê agora ir passar por água doce. Aliás, nem existiam duches nas praias. Nem casas-de-banho.

Acredito que crescer nos torna mais sábios e isso implica procurar o conforto. Dormir mais, beber mais água ou tisanas especiais. Explorar os cremes, os protectores e os hidratantes. Procurar o calor quando temos frio e procurar o frio quando temos calor. Já não saimos de mini-saia no Inverno. Já não queremos morrer de calor enquanto assamos ao sol na praia. Não queremos ficar desconfortáveis. Crescer traz outra necessidade suprema: o conforto. Levamos a cadeirinha para a praia e sabe bem encontrar uma sombra e beber uma água fresca. E sabe bem ir com calma a uma casa-de-banho, sem risinhos de correrias porque senão...

Imagem: http://thefuturebuzz.com/2009/03/09/inspirational-images/

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