quarta-feira, 28 de março de 2012

Ai, é o amor


O Amor não pede inteligência ou esperteza. Não pede conhecimento. Não exige e também não envergonha. É nítido como água e como água, lava a mágoa. Cresce, amadurece e dá frutos como uma árvore. Sobe no céu como um sol que nasce para um novo dia. Aquece a pele como um toque aquece o coração.



Queria eu o amor puro. A água transparente que tudo deixa ver e que se deixa tocar, trespassar. Como um copo de vinho, tinto, vermelho como o sangue que ao palpitar mostra ao mundo, estou aqui! Queria talvez o amor sóbrio, aquele sério, hirto, recto de saúde e de frisson. Queria eu o teu tu. Para que tu quisesses o eu. E assim nascia o nós... Mas somos mais eu e tu! E somos mais quando somos nós... Ah, o amor!


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