sábado, 30 de junho de 2012

Ah!


Ah, o doce som de algo concluído, de algo já ido, fluído e mais que definido. Passou, sarou e seguiu viagem. Desarmou, desfez as malas da ingratidão e pulou de alegria. Ficou-se o prazo, o mau estado, o arreliado. E nós vamos, em frente, deixando roupa para trás, a caminho da nossa nudez, nossa verdade, nosso interior, seja ele qual for. É o meu, é o teu, são os caminhos, as escolhas, os sentidos, as alegrias de se saber ser e de nos lembrarmos humanos. Sem ficar à espreita, sigo em frente, sem medo dos lados, sem tropeçar enquanto salto de alegria. Ah, o alívio. O alívio é uma sensação de vazio que conforta o meu interior. O alívio é o que preenche o vazio. O alívio invadiu-me de nadas, de penas que nada pesam e de vazios. É o silêncio, é o não nas palavras, o não saber, sabendo que sei. Viajo nesta loucura eu sei. Mas vai daí, o normal não existe!

Imagem: http://de-olhar.blogspot.pt/2010/10/por-uma-pena.html

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