domingo, 15 de janeiro de 2012

Linguagens

Linguagem... Comunicação... O emissor e o receptor. E a mensagem. Essa nem sempre chega ao destino. Ou muitas vezes chega tremida. Ou por vezes chega e é mal interpretada. Quantas conversas tiveram que foram mal interpretadas? E na era dos sms's, dos emails e dos posts a 140 caracteres, quantas vezes o tom que foi lido foi diferente do tom que foi escrito? Aqui não há linguagem corporal. Não há caretas. Há letras. E as letras formam palavras que formam frases. Há pontuação. Mas não há mais manifestação. Na era das indirectas, do esconder o que se pensa, do ler nas entrelinhas, como queremos ser entendidos quando partimos do pressuposto que não queremos que ninguém chegue a nós? Como ler sinais de chamada de atenção dos outros e ficar indiferente? Como lidar com os gritos de ajuda de alguém que deixa vinte publicações em poucos minutos, numa rede social?

Linguagem. Mal usada, é um pedido de ajuda a uma carência que não queremos perder. Senão dizíamos directamente, abraça-me! Ao invés surgem as frases feitas, as frases de defesa, os mitos urbanos estigmatizados que querem mudar o mundo! Grito de dor quando vejo frases feitas de destituição de todo o sentido de relacionamento. Arfo de impaciência quando leio frases que são de força por destituírem outras coisas que, por comparação, são fracas. Diminuem-se os sentimentos. Fortalece-se a agressividade. A austeridade da palavra é rainha numa terra de cegos. Cegos de sentimentos. Cegos que não vêm aquilo que realmente importa.




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