terça-feira, 16 de abril de 2013

Mudar a forma

Quando damos forma às coisas, elas mudam de forma. O que acontece é que, quando damos conta de algo, isso muda-nos e a "coisa" em si também muda. Vamos por partes e vamos por exemplos. O corpo dá um sinal. Refila connosco! E nós não sabemos porquê. Tentamos perceber o motivo. Pensamos, e pensamos; sentimos, e pensamos outra vez... E por fim, normalmente quando não estamos de facto a pensar, plim! Surge a resposta.

A resposta surge sem pensar (muito?). É algo que vem encadeado na nossa cabeça, ou melhor, no nosso ser! É algo subtil que ganha forma aos poucos e às vezes é nomeado de insight ou ponte. E no fim temos então algo, um produto de um processo de pensar -> sentir -> não pensar. E quando temos essa resposta, essa forma, esse produto, algo muda; e então, muda de forma, pois não é mais necessária a forma inicial. Não é mais necessário o alerta que o corpo faz, não é mais preocupante o sintoma, pois temos a origem da "coisa".

Mudar de forma também implica o seguinte: encontramos uma resposta, mas encontramos mais questões. E assim prossegue a vida, de resposta em questões e por aí fora. Encontrar uma resposta não é o fim do puzzle, é a adição de mais peças para ir encaixando. É como se passássemos de nível mas sem terminar o jogo: ganhamos créditos para o nível seguinte. E lá vamos nós de nível em nível. E caramba, há uns quantos bem difíceis. E o problema é que, justamente quando estávamos preparados (ou achávamos que...) para os níveis seguintes, já com uma elevada taxa de basófia, mudam os comandos do jogo! E nós, que considerávamos que já tínhamos uma bagagem considerável, escorregamos logo na primeira dificuldade. E a vida é isto. É ir mudando a forma, passar de nível e não esperar facilidades. E a evolução é esperar as dificuldades com tranquilidade e um sorriso.

Imagem: http://loja.publico.pt/products.php?product=Formas-de-Natal-Bimby%E2%80%93Forma-silicone-bombons-formato-cora%C3%A7%C3%A3o

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