quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Os dias mais importantes


O que é que faz um dia importante? E como distinguir o dia mais importante? Melhor: e quando nos apercebemos de um dia importante, depois dele ter passado?


Hum...


Criamos mais dias importantes?

Mark Twain pode até ter razão, mas estes dois dias pecam pelo mesmo: não nos lembramos deles. Não nos recordamos do nascimento por motivos óbvios e facilmente explicáveis (o desenvolvimento cognitivo e da memória). Em relação ao dia em que descobrimos porque nascemos, das duas uma: ou nos atinge como um raio e nos marca para sempre, ou passamos a vida toda a tentar responder a essa pergunta. Creio que para a maioria dos mortais, onde eu me incluo, se inclina para a segunda possibilidade. Passando a vida toda a tentar encontrar a resposta, por vezes esquecemos qual a pergunta, quase da mesma forma porque nos esquecemos do nascimento mas não pelo mesmo motivo.

A pergunta - porque é que eu nasci, ou o que raio é que eu vim cá fazer - pode ser confusa, ultra-filosófica e consumidora ávida de massa cinzenta. Talvez a solução seja como naquela frase que não conheço muito bem mas que diz qualquer coisa como "aproveitar para cheirar as flores". Com isto quero eu dizer que a resposta e a manutenção desta pergunta presente nas nossas vidas deve estar mais nos sentidos do que no pensamento, a tal da massa. Ir cheirando as flores, olhando o mar e respirando. Claro que parece uma porno-chachada versão new-age, mas para quê complicar? Principalmente quando a massa cinzenta ocupa tanto espaço neurótico? Simplifiquemos.


Imagem: http://diamondwake.com/inspiration/finding-inspiration-drive/

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