quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
2011: CTRL - ALT - DEL
Está a chegar o fim do ano! Altura para fazer um CTRL - ALT - DEL a nós próprios.
Vejamos... Bloquear computador? Não, essa opção para finalizar o ano não! Vamos mudar essa tecla para desbloquear computador! Sim, isso sim, desbloquear, fluir! É o ideal para encerrar capítulos e para nos sentirmos bem connosco: fluir. Não deixar nada bloquear, seja a comunicação, a energia, o movimento!
E a seguir? Terminar sessão. Sim, por vezes é doloroso, mas existem muitas coisas nas nossas vidas que precisam de ser correctamente terminadas e guardadas. Podem ser relações, atitudes, formas de ver as coisas... E é sempre mais fácil permanecer no doloroso conforto da segurança e não mandar embora aquilo que já está velho e que já devia de ter seguido o seu rumo para dar lugar ao novo.
Encerrar sessão? Nem pensar, mais uns aninhos para todos por favor! Com saúde, como se costuma dizer, que o resto...
Nesta altura também é preciso alterar a palavra passe. Quem tem acesso a nós? E quanto de nós deixamos para o outro ver? Às vezes é necessário perceber se as nossas muralhas defensivas estão demasiado elevadas. Não digo para atirarmos as pedras ao chão num acto de revelia! Nada disso! Pedra a pedra, ir baixando a guarda enquanto aprendemos a estar connosco e com os outros ao mesmo tempo e em paz.
É também uma altura de pensar no trabalho, temos de clicar no gestor de tarefas! O que é que andamos a fazer a mais? Ou a menos... Por vezes assumimos mais responsabilidades do que aquelas que podemos aguentar, e depois é como diz o outro, o corpo é que paga! E o corpo, meus caros, é muito inteligente, e dá sempre sinal. Têm ouvido as queixas dele? Ele fala connosco, a sério que fala! E quando fazemos menos do que aquilo que devemos também podemos sofrer com o síndrome de "eu não queria deixar para amanhã mas teve mesmo de ser". E isso pode trazer grandes complicações. Como em tudo, é preciso encontrar um equilíbrio. E esse equilíbrio não é igual todos os dias e também não é o mesmo para todas as pessoas. E ainda bem! É sinal que somos únicos, diferentes, e também, diferentes dentro de nós a cada dia que passa. E não gosta o homem de mudanças e de diferenças... Muito estranho.
Cancelar? Sim, podem sempre cancelar a reflexão do final do ano, afinal de contas é tudo muito simbólico, não é? Eu cá faço o meu CTRL - ALT - DEL no verão. É nessa altura que tomo decisões e dou passos firmes para conquistar os meus objectivos! Afinal de contas, está calor, os dias são grandes, o que poderá correr mal? Agora Dezembro... Mas somos todos diferentes e cada um saberá de si e qual a melhor altura para fazer um reset... Por isso, seja quando for, Bom Ano Novo dentro de vocês!
Imagem: thechicecologist.com
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Morra a palavra, morra, pim!
sábado, 24 de dezembro de 2011
Natal é para os amigos
Imagem: http://rriderlausd.org/blog2/
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Corações ao alto
Corações. Eram giros na infância, tudo era amoroso e intenso! Passando pela adolescência obrigámos os corações a definharem. Foram vilipêndiados pela necessidade de passar uma imagem forte! Corações eram fragilidade! Eram coisas de menina! E os homens? Esses nem pensar no coração, quanto mais mostrá-lo ao mundo!
E na vida adulta?
A rigidez que tapa o coração pode durar uma vida... Uma vida sem corações, já imaginaram? Uma vida com relações superficiais, com amores "ao de leve", com emoções fugazes e tudo coroado por uma paixão, uma ligação, às "coisas".
Perto do Natal o apelo ao coração sobe de tom. Mas ainda assim é um apelo mudo para muitos. O apelo ao consumismo fala directamente, alto e em bom tom. Esse apelo já eles ouvem...
Para este Natal o meu desejo é que todos aprumem a audição, para que se oiçam melhor, para que oiçam melhor a vossa voz interior. Pois de dentro para fora, podemos fazer maravilhas pelo colectivo.
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
O armário de mulher
Às apalpadelas encontro um sapato de salto alto. Não o vejo, mas imagino-o preto. Sinto o seu cheiro a novo e calço-o. Como é longo o seu salto e como erotiza o corpo. Será que já foi usado? Será que já saiu à rua, bramindo sensualidade? Quem é ela?
Passo a mão pelos vestidos. São suaves e frescos. Já não vejo as suas cores, mas imagino os seus decotes. As costas abertas, pele desnudada e uma curva acentuada nas formas maduras de mulher. Quem sou eu, enquanto mulher?
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Receita anti-stress
- 1 saco de boxe;
- 1 par de luvas de boxe;
- 1 pitada de respiração, q.b.;
- O peso do corpo em postura (bem medido);
- 1 colher de chá de resignação.
Começamos por pendurar o saco de boxe no tecto, bem direitinho e deixamos repousar durante 10 minutos. Enquanto isso, coloque as luvas de boxe nas mãos respectivas e posicione o corpo, bem pesado, em postura de ataque e em frente ao saco de boxe. Pegue na pitada de respiração e faça longas e profundas inspirações, bem até ao fundo do forno; retire, expirando longamente. Quando o saco de boxe já estiver bem marinado, bata-lhe energeticamente até que as suas mãos fiquem mais amassadas do que claras em castelo. Por fim, decore a gosto, espalhando uma colher de chá de resignação pelo prato. Está pronto a servir, bom proveito!
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Peças de nós
Eu cá gosto muito de fazer puzzles. Peça a peça, passar o desenho da tampa de cartão para o chão. Sim, gosto de fazer puzzles no chão. O mundo desaparece pois o que importa é passar o desenho através dos nossos dedos, encaixando peças para que algo faça sentido.
Por vezes é assim o inicio da descoberta interior. Queremos saber quem somos e quando pensamos nisso vemos peças que não parecem encaixar-se entre elas. O problema é que neste puzzle de nós próprios não existe cábula. Comecemos pelos cantos, pela forma. Damos forma ao que somos, de fora, para dentro, no caminho da introspecção. Depois dos cantos vamos aos limites, colocando aquelas peças de fora. Qual é o nosso limite? Como afectamos os outros e aquilo que está à nossa volta? E por fim, como nos afectamos a nós, nos nossos limites e na nossa forma?
Depois, é mergulhar em nós. Mas são tantas peças, temos tantas dimensões! Quem somos? Comecemos pelas peças mais fáceis, aquelas mais marcadas, as partes de nós que conhecemos melhor. Aos poucos e poucos, peça a peça conseguimos ver melhor o desenho, ou como dizem os americanos, the big picture. Mas fazer este puzzle, é a obra de uma vida, e ainda assim, é possível que o puzzle nunca fique completo... Peça a peça...
Imagem: http://alamoheightsunitedmethodistchurch.blogspot.com/2011/06/puzzle-pieces.html
domingo, 18 de dezembro de 2011
Amores mais que perfeitos
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Desvaneios e esquecimentos
Baixo a cabeça e olho para as minhas unhas, apercebendo-me de que tenho verniz, estão pintadas de vermelho. Estranho dissabor, este da falta de memória! Sem dar conta e ainda cabisbaixa, vejo que estou à porta de uma Igreja. O arroz e as pétalas desfareladas no chão chamaram a minha atenção. Algo me puxa para o seu interior, algo energético e subtil.
O seu ar branco e aberto convidam-me a sentar e a ficar. É diferente, é um espaço com luz, não é um espaço triste que nos faz sentir pequenos, é um espaço grande que nos amplifica o corpo. Esqueço o mundo lá fora e deixo-me ficar. Afinal de contas, o que é que eu ia fazer mesmo?
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Comboio para o futuro
Passado com quem mais gosto, o tempo nunca é um problema, meu amigo! Mas lamento informar-te que esse comboio parte sempre no dia seguinte, ou seja, amanhã! Por isso, meu amigo, de nada te serve esperar por amanhã! Pois quando o amanhã for hoje, o comboio partirá amanhã! De nada serve ficares zangado, meu caro amigo! Nem vale de muito esperares na estação, de braços cruzados! Acredito que tenhas muita companhia na estação, mas para quem espera eternamente, até a companhia dos outros cansa!
Mas nada temas meu amigo! O futuro, é já amanhã!
sábado, 10 de dezembro de 2011
Amanhã? Amanhã!
Escrevi a palavra amanhã e meti-a num bolso. Afinal de contas, isto de já se ser crescido tem destas vantagens! Não há imposições, fretes ou barretes! Não há chumbadas, empecilhos ou pessoas chateadas! Eu faço o meu hoje e assim, sei o que quero deixar para amanhã... Ou depois de amanhã... Ou depois de depois de depois...
Já não há fobias, nem teimas, nem medos, a agenda rola ao meu sabor! Não vou ao desbarato e não desbarato o meu tempo! Faço o que quero, rasgo, apago e rescrevo o calendário! Só queria também poder re-escrever as estações do ano...
google images
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Elogio fúnebre a uma gata
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Carta a Djé Djé, ou uma separação ficcional
Dizes-me que o tempo passa rápido, mas o tempo não cura a saudade, apenas assombra a distância e me fere o olhar, de não te ver. As mãos ardem por não te tocarem, o coração suspira porque sabe que ainda não é hora de te ter por perto. O corpo... E o corpo...
Resta-me ser paciente, ou então virar o tabuleiro, gritar "rebenta a bolha!" e voar para perto de ti. Mas sei que tenho de ser paciente, pois um dia o jogo ficará a meu favor.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
(In)fância
A doce inocência da infância, como me recordo dela! Criar e viver em mundos imaginários... Olhar para as nuvens e ver mais do manchas... Era como ver o mundo com uns óculos especiais. Quando crescemos perdemos esses óculos, as lentes especiais que nos permitiam ver o mundo com tamanha inocência e veracidade.
Mas sabem um segredo? Enquanto adultos ainda nos é permitido colocar esses óculos... O problema é, sabem o caminho para os encontrar, dentro de vocês?
Imagem: http://sonobea.wordpress.com/2011/05/01/14-watch-a-film-a-week-1143/
Just smile!
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Nas nuvens
Imagem: http://semprequiis.blogspot.com/2011/01/nuvens.html
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
terça-feira, 22 de novembro de 2011
terça-feira, 15 de novembro de 2011
It's just love!
When my butterflies spin.
When the sweetness of the rainy days is just what we need.
Love is just love, when it's love...
Imagem: http://www.prx.org/group/waywithwords?page=3
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
sábado, 12 de novembro de 2011
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Frases da minha década
- "Less is more" - Mar
- "Arrumem a casa, facam a vossa revolucao pessoal" - Carlos Nobre
- "Even when the strings are cut, the Music carries on in the plumbings of our hearts" - Patrick Watson
- "Sendo a velocidade da luz superior à velocidade do som, é perfeitamente normal que algumas pessoas pareçam brilhantes até abrirem a boca." - Desconhecido
- "Não se empurra o rio" - Mar
- "La chance c’est comme le Tour de France : on l’attend longtemps et ça passe vite!" - Amélie
- "Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se." - Gabriel Garcia Marquez
Comissão de Melhoramentos
Imagem retirada de http://thesecond10k.tumblr.com/
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Questionmarks - Questões que marcam
Quando é que desistir não é sinónimo de fugir?
E como é que se contabiliza o que vale mais a pena?
Às vezes as respostas para os pontos de interrogação são as reticências.
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Questionar
Acrescento... Não devemos parar também de sentir. Questionar é bom, mas não nos podemos esquecer de sonhar. E às vezes, não questionar mesmo.
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
My Self
~ Blaise Pascal
A vida tornou-se rápida. Rápida demais para poder ser apreciada e percepcionada. Aos 20 nem pensamos em quem somos mas em quem vamos ser. Aos 30 lutamos para manter o sonho daquilo que queremos ser. Aos 40 achamos que ainda não somos quem queremos e aos 50 ou 60, com sorte, percebemos que não sabemos sequer quem somos.
Tentar perceber quem somos é mergulhar dentro de nós. Isso pode ser assustador. Mas é necessário. E quanto mais cedo começarmos, melhor. Neste percurso, aprendemos muito também sobre os outros e sobre a forma como nos expressamos e quem somos para o outro.
Existem tantos Eus... Aquilo que o meu Eu é para o outro, aquilo que Eu realmente sou... E quando falo para os outros, se repararem, existe um Eu para cada pessoa que nos rodeia. Somos um Eu na família, um Eu diferente no trabalho... Já repararam na manta de retalhos? No esforço interno para exteriorizar aquilo que achamos que é melhor? Para nos defendermos? E já repararam na distância entre estes Eus e o nosso Eu verdadeiro? E já repararam que é isto que nos fractura? Porque aquilo que somos para os outros não é real, é uma fachada, uma máscara... E isso fractura-nos... E faz-nos sentir perdidos.
A resposta? Não tenho, ainda! Mas reconectarmo-nos com a nossa essência, com o nosso eu verdadeiro, esse será o objectivo. E quem sabe, a verdadeira resolução.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Obstáculos
E focar demasiado nos objectivos sem ver o que se passa à volta, não poderá isso ser um obstáculo?
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
O riso
O riso aproxima-nos? Ou afasta-nos?
Existem vários risos. Alguns risos de facto fazem-nos aproximar uns dos outros. Outros risos não. Afastam-nos. Principalmente quando somos o alvo, o alvo do riso.
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Carvão e diamantes
A espera ajuda à perfeição?
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Definições
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Vias e possibilidades
Nós somos este homem quando temos medo de decidir, de escolher. Somos este homem quando vivemos parados, num cruzamento que nos mata aos poucos. Este homem existe em nós quando deixamos o tempo apagar a nossa vontade de mudar. Lentamente criamos raízes, tal como este homem, e achamos que já não podemos fazer nada por nós. Eu não quero ser este homem. Importa não só escolher como também, avançar.
sábado, 8 de outubro de 2011
Meditar?
Meditar. Bom, sei muito pouco sobre meditação. Não medito por vontade própria por achar que não consigo, mas em alguns workshops ou eventos em que é pedido, eu tento meditar. Já ouvi dizer maravilhas da meditação. Mas eu, demasiado mentalóide, não consigo meditar com facilidade.
Antigamente vinha a frustração. Sentava-me muito direitinha, fechava os olhos, e pensava: cá vou eu! E nada. Vinham os pensamentos banais: "amanhã tenho de fazer uma máquina de roupa!" E irritava-me, claro! "Isto não é meditar, eu não consigo!" E ali andava eu, numa espécie de pescadinha de rabo na boca, às voltas. E a meditação, que serve para relaxar, entre outras coisas, provocava-me a maior irritação e frustração alguma vez vistas!
Entretanto fiz um progresso enorme. Continuo sem ter os grandes insights de que muitos falam ou a ficar muito "zen", mas já não me zango (na maior parte das vezes). Já não fico frustrada. E se aparece a lista do supermercado na cabeça, eu guardo numa gavetinha com muito cuidado que é para lá ir buscar quando precisar. Afinal de contas, se já me zango com os outros, para quê zangar-me comigo, principalmente num momento que se quer de paz?
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Sexta do meu contentamento
E com este tempo de verão ainda melhor!
Venha esse fim de semana que promete o descanso merecido...
Venha a luz já quebrada, inclinada e mal amada pelos amantes das botas!
Outono veraneante, queres ir à praia comigo?
Ou preferes saltar pelos campos, pular de loucura, como se fossemos crianças, queres?
Imagem retirada de http://thesecond10k.tumblr.com
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Light
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Já que ontem foi dia dos animais...
Para mim, dia dos animais é sempre, porque todas as vezes que chego a casa e abro a porta, tenho quem me receba e me faça ver a sua importância.
terça-feira, 4 de outubro de 2011
sábado, 1 de outubro de 2011
Outono do meu descontentamento
Chegámos a Outubro. Ainda está calor e ainda parece Verão, mas as folhas já começaram a cair e o Sol já nos dá menos horas de atenção. Apesar das temperaturas que têm estado, as árvores já começaram o seu Outono. Às vezes parece que têm um calendário dentro delas. Natureza knows it better? Claramente que sim.
O Outono. Gosto do Outono. Mas chega antes do Inverno. Gosto do cheiro a terra molhada na primeira chuva. Gosto de começar a sentir frio e procurar o conforto numa manta e num gato. Mas depois fica mais frio. E depois o frio demora muito tempo a ir embora. E pior, o Sol... O Sol brilha menos tempo e com menos intensidade. Mas assim são os ciclos da vida. Aceitemos. Já que tudo muda e tudo é cíclico, sejamos pacientes.
Foto retirada de: http://euvivonomundodalu.blogspot.com/2011/05/magia-do-outono.html
Manhattan Day
Keep trying to hide, there's nothing so blind...
You're life is to big, it's all over you, so come out and eat, why won't you?
Your sad grey eyes, remind me of rain in my Manhattan tray...
Make my sun shine today, so eat, right away...
I try not to cry, but your tears blend in mine.
So, please, tell me, isn't life worth a try?
http://photometrie.blogspot.com/2010/09/sweet-sweet-sweet.html
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
domingo, 18 de setembro de 2011
A ignorância sobre o que realmente somos
Porque temos de ser alguém para a sociedade, ocupar determinado papel na família, no trabalho, na vida económica do nosso país... Vivemos com várias máscaras, vamos sendo quem nos dá jeito ser. E, não sendo fiéis a nós próprios, o resultado só pode ser negativo. Quando finalmente nos propomos a conhecermo-nos, a mergulhar dentro de nós, começamos a despir camadas. E quando achamos que estamos perto da essência, daquilo que realmente somos, surge alguma coisa que nos faz recuar. E vestimos mais uma vez aquele casaco apertado que já não nos serve, mas ainda nos tapa e protege um pouco, ou assim achamos nós.
Mergulhar dentro de nós é difícil. É necessária muita coragem e eu aplaudo o processo daqueles que o fazem e que me rodeiam. Mas também aplaudo os que, com medo, fogem desse primeiro passo. Reconheço o medo que sentem, e, pacientemente, aguardo. Aguardo para que possa aplaudir ainda mais, quando começarem de uma forma mais efectiva no processo de auto-conhecimento.
Digo de forma mais "efectiva" porque começamos muito cedo neste processo de auto-conhecimento, o que acontece é que muitas vezes não é um processo consciente e movido por nós. A diferença reside quando nós, conscientemente, damos passos em direcção a nós próprios.
sábado, 17 de setembro de 2011
Ser Buda
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
A nossa própria natureza e a confusão da mente
Mas as nuvens são importantes para podermos dar valor ao céu azul. O que é importante é ter consciência da existência destes dois lugares dentro de nós. E distinguir quem é quem, quando um fala.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
A dor
Li esta frase e a minha alma sorriu. Não temos de forçar ninguém a interpretar a sua dor, e também não vale a pena consolar a quem dói. Dói. E nós doemos com quem dói. Ressoamos.
sábado, 27 de agosto de 2011
Queixas?
Foi este pensamento que há um ano atrás me levou a tomar uma atitude. Queixamo-nos. Perdemos tempo na queixa. Em vez da queixa, podemos desviar a nossa energia para algo construtivo, algo que nos preencha e nos faça feliz. Fiz isso. E foi a melhor opção que tomei. Por mim.
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Pergunta do dia
Serão as novas tecnologias? O consumismo desenfreado?
...
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Ponte ou meta?
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Conhecimento verdadeiro
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Movimentos
Acrescento, seja a mudança que quer ver no mundo (acho que é de Gandhi).
Não devemos esperar para que certos movimentos da vida aconteçam por si só, por magia. Devemos aprender a procurá-los, aprender a lidar com a frustração de não os encontrar, e aprender a continuar a procura.
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
A vida nunca é um problema
Oh, a velha história do agora!
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Meio termo, please!
E depois há quem vá para o extremo oposto e ande sem ligação ao chão... Meio termo, please!
Voices
O meu entendimento. É aquele que eu faço de acordo com a minha verdade. Quando não vem da essência, é um entendimento neurótico, desconectado. Por isso é importante distinguir as diferentes vozes interiores. Ah, sim, existem várias. As vozes do medo, as vozes do passado, as vozes da sociedade, as vozes dos pais... Mas também existe a voz interior, aquela que não ouvimos mas que depois damos razão, sabem?
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Árvore da vida
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Mudar o cabo e a lâmina
«A sério?», perguntou o cliente- «Está muito bem conservado.»
«Claro», respondeu o vendedor de antiguidades, «já teve o cabo substituído três vezes e a lâmina duas.»
Mas a vida é mesmo assim, muda constantemente de cabo e de lâmina; de facto, parece que está constantemente a mudar e, no entanto, permanece eternamente na mesma."
Retirado do livro "Medo" - Osho
Tenho vindo a ler este livro do Osho e não me identifico com muitas coisas ditas por ele. Mas esta história e a ligação que ele faz está muito interessante. De facto, às vezes dou por mim a pensar que a vida não muda, a sensação é a de permanecermos no mesmo sítio e na mesma posição à demasiado tempo. Mas se olharmos atentamente, a cadeira onde estamos sentados vai mudando e a forma como lidamos com ela também.
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Ainda os livros
Calma na cabeça...
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Reading for your pleasure
Férias
Tudo muda, até aquilo que gostamos. E o mais engraçado? É que o homem detesta mudanças!
Imagem retirada de http://thesecond10k.tumblr.com
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Fight!
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
domingo, 31 de julho de 2011
Reflectir
Sogyal Rinpoche, O Livro Tibetano da Vida e da Morte
Haja vontade para continuar a tentar. Haja vontade para que, em cada momento em que sentimos a derrota de voltar ao mesmo, possamos ter força para prosseguir sem baixar os braços.
Antes pensava que era tudo complicado. Tudo era imperceptível, incluindo a minha voz interior. Reflectindo, e com muita paciência comigo, alguma névoa começou a desvanecer, e agora tudo me parece mais simples. Longe vai a meta, a diferença é que já não me canso tanto no caminho!
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Castelos no ar
Gostava destes momentos, ela tinha sempre algo a dizer que parecia simples e que afinal era dotado de uma grande profundidade. Eu admirava isso nela, e é isso que me faz falta. É engraçado pensarmos que a vida estagna. Fazemos o mesmo durante muito tempo e achamos que a vida se mantém igual. Quando damos conta e comparamos com há um ano atrás vemos o quanto caminhamos. É um bom exercício. Como eram há um ano atrás? O que mudou? Em mim mudou tudo. Há uma nova perspectiva e o auto-conhecimento atingiu outros níveis. Níveis esses que eu espero que mudem todos os anos, até ao último. Sonhando acordado.
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Hábitos
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Oh, l'amour!
Regado porque deve ser nutrido, para que cresça em harmonia, cada vez mais forte. Deve ser transformado porque a relação é diferente em cada momento, e o seu amor deve ser fléxivel para acompanhar a mudança. Incentivado por ambos, para que continue a crescer saudavelmente e de forma equilibrada. Construído, porque nem tudo é merecido e um grande amor dá trabalho. É necessário aprender a fazer cedências, não ligar a pormenores e cultivar o entendimento através de boas linhas de comunicação.
O amor deve ser forte, fléxivel, saudável, equilibrado e trabalhado. Aprende-se a custo e dura uma vida inteira. Aliás, até podemos levar a vida toda sem aprender muito bem a lição!
Imagem retirada de: http://autorretrato-sam.blogspot.com
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Problema e solução
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Vazio
E pedir?
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Dias de tempestade
Imagem retirada de http://thesecond10k.tumblr.com
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Corpo, matéria e espírito
O equilíbrio entre a vida material e espiritual. Acrescento: tomar atenção ao corpo. Oiço muitas modas: ser vegetariano só porque o outro é; fazer exercício em excesso porque dizem que é isso que faz bem... Eu acredito que o que me faz bem é fazer aquilo que o meu corpo me pede. Se ele gosta e pede carne, eu dou; se ele pede e gosta de alface, eu dou; se ele pede para descansar, eu faço por isso. Tudo com equilíbrio, porque o próprio corpo, apesar de na maior parte das vezes ser mais sábio que a mente, também se engana e pode pedir mal. Ou nós podemos compreender mal, também acontece muito. É preciso apurar o ouvido interno e saber o que é que ele quer.
sexta-feira, 15 de julho de 2011
Saúdes
Vi esta frase e li-a alto. Alguém criticou, dizendo que temos uma esperança média de vida superior aos tibetanos. Eu penso que preferia viver menos e melhor, do que mais e pior. De que me interessaria viver até aos 80 anos numa profunda tristeza e sem tempo?
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Simplicidade
Sogyal Rinpoche, O Livro Tibetano da Vida e da Morte.
E, apelando à simplicidade, não acrescento nem uma vírgula a esta frase.
terça-feira, 12 de julho de 2011
Fugas
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Ser & Ter
Sogyal Rinpoche, O Livro Tibetano da Vida e da Morte
O grande desafio é sermos o que realmente somos, na nossa essência, ao invés de sermos aquilo que temos.
Evolução?
Há uma hora para tudo. E começa desde que nascemos: alimentação de 3 em 3 horas. A partir daí cria-se toda uma agenda: a hora para o banho, a hora para comer, a hora do infantário, a hora de deitar, a hora de acordar... Na infância aparece a hora do inglês ou das aulas de ballet. Na adolescência aumentam os horários das aulas. E então na idade adulta, quando finalmente temos autonomia, ao invés de inverter a importância dos ponteiros do relógio, continuamos subjugados por ele, pois foi assim que crescemos e é assim que vive a nossa sociedade. Estamos presos nas rotinas do relógio e sempre que ele toca podemos fugir de nós porque temos algo para fazer.
E aqui reside o problema dos homens: somos bichos de hábitos. Sair da rotina, do normal, fazer algo diferente, aceitar mudanças - é do mais difícil que há, apesar de parecer fácil. Quando nos cruzamos connosco, ao longo da vida, vamos encontrando estes hábitos. A maior parte deles são tão naturais que acabam por nos definir, seja o roer as unhas ou ter a obsessão de contar escadas. O tempo tem muita culpa nos nossos hábitos, até porque ter relógio em 3 sítios é normal: neste momento tenho um relógio no pulso, no telemóvel e no computador. Como podemos dizer que não somos escravos do relógio? Como dizia o outro: estamos prisioneiros do tempo e o relógio é o nosso polícia.
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Eureka...
Agora, aprender a lidar melhor com tudo o que vem, numa atitude de paz, amor, compaixão e tranqulidade... Isso aprenderemos todos os dias até ao cair das cortinas, até ao último aplauso, até à expiração final.
O que é a raiva?
Gatos sem dores nas cruzes
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Vida
Por detrás da máquina estamos fora da paisagem, não interagimos, apenas estamos. Estar atrás da máquina é não existir e viver é estar do lado de lá da lente, no palco.
Imagem retirada de http://thesecond10k.tumblr.com
Morte
Sogyal Rinpoche, O Livro Tibetano da Vida e da Morte.
Em qualquer momento teremos de lidar com a morte, seja a nossa ou a dos nossos. Ela sempre existiu, sempre soubemos que ela vem. Mas fugimos desses pensamentos. Existem profissões que lidam diariamente com a morte, desde o médico ao senhor da funerária. E os terapeutas? E quando a morte entra pela porta, personificada no sofrimento de um paciente? É preciso aprender muito antes de abrir a porta da terapia aos outros. O trabalho que o terapeuta tem de fazer antes de atender é muito importante... Porque não sabemos o que lá vem.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Altruísmo vs egoísmo
Após explorar o tema comigo, a minha dúvida mantém-se. Não me parece ser uma questão fácil, principalmente quando remetemos a resposta para o nosso inconsciente. A nossa máscara, aquilo que está presente e consciente dirá: "sou filantropo, preocupo-me com os outros e eles são mais importantes do que eu". Já o inconsciente pensa: "sinto-me bem porque fiz aquilo que se espera de um bom homem".
E a nossa essência, a nossa alma, pensará o quê? São questões sensíveis, dependentes da verdade de cada um. Cada um o sentirá à sua maneira, e todas as maneiras estão correctas... Principalmente poque o certo e o errado não existem...
terça-feira, 5 de julho de 2011
Summer time!
domingo, 3 de julho de 2011
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Saber ouvir
Se calhar também já fomos a pessoa do lado de lá, aquela que não ouve. Eu gosto daquela lógica: se temos dois ouvidos e uma boca, será que falamos e ouvimos de forma proporcional? Percebo que gostaria de ouvir mais do que falo, mas às vezes não me apetece ouvir. Às vezes nem apetece falar! Encontrar o equilíbrio é o objectivo...
segunda-feira, 20 de junho de 2011
quinta-feira, 16 de junho de 2011
terça-feira, 14 de junho de 2011
A aceitação
As minhas defesas, ou a máscara que ainda por aqui anda (e que saudavelmente me irá acompanhar até ao fim), diziam-me que aceitar era baixar a guarda. Era permitir demasiado e ficar numa posição mais frágil.
Com o passar do tempo percebi que estava errada e abri as portas à aceitação. Comecei por aceitar-me como sou. Afinal de contas, terei de lidar comigo o tempo todo, com carinho, respeito e muita paciência. Assim sendo, à medida que me vou conhecendo melhor, vou me aceitando, respeitando quem sou, quem me tornei e quem quero ser, para mim e depois para os outros.
Passando para fora, comecei a aceitar os elementos externos a mim mas que me influenciam directamente, sejam os bens materiais como a casa, ou a profissão ou a vida económica que levo ou até mesmo aqueles factores externos que acontecem sem prevermos, como por exemplo uma avaria no carro ou num electrodoméstico.
Depois disto, propus-me a aceitar o outro. Tarefa difícil. Acho que é mais fácil começar por aceitar que não conseguimos mudar os outros e só depois, aceitá-los como são. Claro que a mudança em nós promove a mudança em todos os que nos rodeiam, mas isso é algo que não podemos esperar de mão beijada e também não podemos prever as mudanças que ocorrerão no outro. Assim sendo, os outros são como são. Cada indivíduo tem o seu processo no presente e para o futuro. Cada um tem a sua história e, logo, os seus motivos, as suas máscaras e defesas.
Um dia, proponho-me a aceitar o mundo, as suas injustiças e desequilíbrios. Mas aí já devo estar noutra dimensão...
Se eu faço tudo como aqui está descrito? Claro que não, sou humana! Mas estas são as minhas referências e as minhas tentativas. Não sou mestre de ninguém a não ser de mim própria.
segunda-feira, 13 de junho de 2011
R-e-s-p-e-c-t
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Paz
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Falhar
Será que o "falhar" não existe? Falhar é não acertar. Será assim tão mau não acertar? Quando é que é bom falhar? Não prevemos o futuro... então como podemos saber se é bom acertar? O acertar pode se revelar "falhar" no futuro...
terça-feira, 7 de junho de 2011
Ganesha
Esta mítica figura do Hinduísmo é um destruidor de obstáculos, resolvendo problemas através de soluções lógicas. Filho de Shiva e Parvati, Ganesha tem uma história muito curiosa. Aliás, existem várias histórias sobre a criação deste Deus Hindu com cabeça de elefante, mas a que ganhou mais força foi a de que foi o seu próprio pai que, ao regressar a casa, não reconhecendo o seu filho, o decapitou. A decapitação, feita com o seu tridente, foi de tal forma violenta que a cabeça de Ganesha foi atirada para muito longe. Quando percebeu que era o seu filho, tentou recuperar a sua cabeça para o salvar mas não conseguiu. Pedindo ajuda, disse que o primeiro animal que surgisse daria a sua cabeça para que ele pudesse recuperar o seu filho. E o primeiro que apareceu foi um elefante.
Todos os detalhes da imagem de ganesha têm significado (fonte: wikipedia):
- A cabeça de elefante indica fidelidade, inteligência e poder discriminatório;
- O facto dele ter apenas uma única presa (a outra estando quebrada) indica a habilidade de Ganesha de superar todas as formas de dualismo;
- As orelhas abertas denotam sabedoria, habilidade de escutar pessoas que procuram ajuda e para reflectir verdades espirituais. Elas simbolizam a importância de escutar para poder assimilar ideias. Orelhas são usadas para ganhar conhecimento. As grandes orelhas indicam que quando Deus é conhecido, todo conhecimento também é;
- A tromba curvada indica as potencialidades intelectuais que se manifestam na faculdade de discriminação entre o real e o irreal;
- Na testa, o Trishula (arma de Shiva, similar a um Tridente) é desenhado, simbolizando o tempo (passado, presente e futuro) e a superioridade de Ganesha sobre ele;
- A barriga de Ganesha contém infinitos universos. Ela simboliza a benevolência da natureza e equanimidade, a habilidade de Ganesha de sugar os sofrimentos do Universo e proteger o mundo;
- A posição de suas pernas (uma descansando no chão e a outra em pé) indica a importância da vivência e participação no mundo material assim como no mundo espiritual, a habilidade de viver no mundo sem ser do mundo.
- Os quatro braços de Ganesha representam os quatro atributos do corpo subtil, que são: mente (Manas), intelecto (Buddhi), ego (Ahamkara), e consciência condicionada (Chitta). O Senhor Ganesha representa a pura consciência - o Atman - que permite que estes quatro atributos funcionem em nós;
- A mão segurando uma machadinha, é um símbolo da restrição de todos os desejos, que trazem dor e sofrimento. Com esta machadinha Ganesha pode repelir e destruir os obstáculos. A machadinha é também para levar o homem para o caminho da verdade e da rectidão;
- A segunda mão segura um chicote, símbolo da força que leva o devoto para a eterna beatitude de Deus. O chicote nos fala que os apegos mundanos e desejos devem ser deixados de lado;
- A terceira mão, que está em direcção ao devoto, está em uma pose de bênçãos, refúgio e protecção (abhaya);
- A quarta mão segura uma flor de lótus (padma), e ela simboliza o mais alto objectivo da evolução humana, a realização do seu verdadeiro eu.
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Vozes de dentro
Imagem retirada de http://thesecond10k.tumblr.com
sábado, 4 de junho de 2011
Resultados
É muito confuso? Não, é apenas a vida. E a vida... Bom... A vida é uma arte, é uma raridade que temos entre os dedos e que temos de segurar muito bem. Aproveitem, agarrem nas maracas, abanem a vossa vida.
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